O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta terça-feira (3) que a greve que paralisou a Sabesp (SBSP3) é ilegal. Além disso, o político criticou as paralisações promovidas nos metrôs e nos trens na cidade de São Paulo.
“Infelizmente, aquilo que a gente esperava está se concretizando. Temos uma greve de metrô, CPTM e Sabesp. Uma greve ilegal, abusiva, claramente política. Uma greve que tem por objetivo a defesa de um interesse muito corporativo”, disse Tarcísio, sobre o movimento contra a privatização de serviços.
De acordo com o balanço apresentado pelo governo de São Paulo, as linhas 1,2,3 e 15, operadas pelo Metrô, amanheceram completamente paralisadas. Funcionam apenas as linhas 4 e 5, concedidas à iniciativa privada.
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No caso da CPTM, três das cinco linhas estavam totalmente paradas. Operam parcialmente as linhas de trens 7 e 11, mas nenhuma faz o trajeto completo. Já as linhas 8 e 9, também privatizadas, mantiveram a operação.
Segundo Tarcísio, a paralisação desrespeita a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), divulgada na última sexta-feira (29), que proibiu a greve total dos trabalhadores do Metrô.
Sabesp (SBSP3): BofA recomenda compra
As ações da Sabesp (SBSP3) receberam recomendação de compra do Bank of America (BofA). Além disso, o banco norte-americano estipulou um preço-alvo de R$ 76,00 para a companhia de saneamento.
Em relatório, o BofA afirmou que a Sabesp tem a melhor assimetria do setor de saneamento. O banco disse ainda que avaliou cerca de 1.600 cenários para a empresa, sendo que, destes, 82% foram positivos.
De acordo com a instituição financeira, os investidores têm ficado preocupados com as altas expectativas sobre a privatização, que ainda não saiu, pois a euforia sobre o assunto pode acabar reduzindo o potencial de valorização após a desestatização.
“No entanto, contestamos a visão de que o preço atual da Sabesp (R$ 60 por ação) reflete grandes expectativas sobre sua privatização apenas porque ela foi responsável pela maior parte da alta das ações nos últimos três anos”, escreveram os analistas do BofA.
Com isso, na visão do banco norte-americano, o preço-alvo não considera o potencial de privatização da Sabesp, mas apenas embute os últimos balanços da companhia.
