Política

Tebet critica atual taxa de juros

Na visão de Tebet, o BC deve cortar a taxa Selic em pelo menos 0,5% na próxima reunião do Copom

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), criticou nesta terça-feira a atual taxa de juros brasileira. Na visão de Tebet, o Banco Central deve cortar a taxa Selic em pelo menos 0,5% na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para os dias 1 e 2 de agosto.

“Os juros a 13,75% e juros reais a 10% é o maior do mundo. Então, há alguma coisa de muito errado no Brasil. Os números não mentem”, afirmou a ex-presidenciável em entrevista à rádio “CBN”.

“Isso inviabiliza o crescimento do Brasil. Não é a máquina pública que para, o Brasil para. A indústria para. O comércio não consegue vender, contratar. A alta taxa de juros está sufocando e pode matar o Brasil por inanição. Diante deste quadro, não consigo ver outra alternativa do Copom que não abaixar os juros”, acrescentou.

Apesar do desejo de Tebet, grande parte do mercado projeta que o Copom promova uma redução mais modesta, de 0,25 ponto percentual, nos juros na reunião de agosto.

Tebet reitera compromisso de zerar o déficit primário em 2024

Ainda na entrevista com a rádio “CBN”, Tebet pontuou que o governo federal vem mostrando responsabilidade com as contas públicas e reiterou o compromisso de zerar o déficit primário em 2024, conforme previsto no novo marco fiscal.

“Nossa meta é zerar o déficit no ano que vem, a depender de projetos que serão ou não aprovados no Congresso Nacional, mas que serão apresentados pelo ministro Haddad”, pontuou. 

Além disso, Tebet negou que o governo planeje um aumento de impostos para garantir incremento de receitas. “Não estamos falando de aumento de alíquota de imposto, nem de aumento de imposto. Estamos falando de receitas que vão ser constituídas pelo Ministério da Fazenda ao apresentar ainda algumas MPVs e projetos de lei ainda neste ano para vigorar a partir do ano que vem, para que possamos, através deste combo, conseguir cobrir as necessidades da população brasileira em relação a um país tão desigual quanto o nosso”, disse.