Política

Tebet diz que espera mais cortes de 0,5 p.p. na taxa Selic

Tebet também disse que o mercado previa uma inflação “ligeiramente maior” para o IPCA de agosto

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou nesta terça-feira (12) que o mercado previa uma inflação “ligeiramente maior” para o IPCA de agosto, que subiu 0,23%. Por conta disso, a expectativa do governo é que o Banco Central corte a taxa Selic nas próximas três reuniões em pelo menos 0,5 p.p., para fechar o ano com um patamar de juros abaixo de 12%.

“A inflação é um ponto de atenção, inclusive nas votações que temos no CMN. O mercado previa uma inflação ligeiramente maior esse mês, então a expectativa que era negativa acabou se tornando positiva, inclusive para efeito de queda de juro já na próxima reunião do Copom”, disse Tebet em entrevista à GloboNews.

“O governo espera que nas próximas três reuniões nós tenhamos pelo menos 0,5 pp de diminuição da taxa de juro, para fecharmos abaixo de 12%”, pontuou a emedebista.

Além disso, Tebet disse que os números recentes também mostram que o Brasil vem registrando um crescimento econômico “sem aumento de inflação”, destacando o PIB do segundo trimestre, que registrou uma surpresa positiva para o mercado, com alta de 0,9%.

“Quando falamos em crescimento, claro que nos preocupamos muito com a inflação, que é perversa para os mais pobres. Mas surpreendentemente verificamos que há crescimento no Brasil sem haver inflação, porque não é de consumo, o que nos tranquiliza”, relatou Tebet.

Tebet diz que déficit zero em 2024 está no radar no momento

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), revelou em 1º de setembro que o governo espera conseguir zerar o déficit primário em 2024, mas ressaltou que a meta pode ser alterada caso haja imprevistos que impeçam o equilíbrio das contas.

“Vamos trabalhar com meta zero e aguardar aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para fazer este debate”, afirmou, em entrevista à “BandNews”.

“Uma situação emergencial pode acontecer. Vamos discutindo lado a lado. Por enquanto, a meta zero está no radar”, acrescentou Tebet.

Tebet também pontuou que, ao elaborar o orçamento de 2024, mapeou as despesas contratadas para o ano que vem e obteve da Fazenda estimativas a respeito de medidas que podem aumentar a arrecadação do governo.

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