O Governo Centra divulgou, nesta quarta-feira (28), o resultado do Tesouro Nacional, em que apresentou um superávit primário de R$ 79,3 bilhões em janeiro de 2024, mês em que houve arrecadação recorde, reforçando as contas.
A receita líquida do mês foi de R$ 6,9 bilhões, um crescimento de 3% ente janeiro de 2023.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse, ao comentar os resultados, que o superávit foi superior aos R$ 67 bilhões esperados pelo governo para o mês, e que a diferença auxiliará na absorção de possíveis distrações nos próximos meses. As informações são da “Folha de S. Paulo”.
A autoridade acrescentou que, com os dados das receitas, a possibilidades de haver um bloquei orçamentário é reduzida no fim primeiro bimestre, mas também será preciso acompanhar o resultado das despesas.
Ceron acredita que a arrecadação de fevereiro virá em linha com as expectativas.
“Isso cria boas perspectivas. Tem desafios ainda, a Receita Federal está avaliando os impactos e as compensações em função de eventual ajuste no caso da reoneração da folha, e isso será acomodado”, declarou.
Tesouro Nacional tem maior emissão de títulos no exterior desde 2005
O Tesouro Nacional, equivalente ao caixa do governo brasileiro e administrado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), captou, em meados de janeiro, US$ 4,5 bilhões com a emissão de títulos brasileiros no exterior.
Essa foi considerada a maior operação do País feita no mercado internacional desde 2005, segundo o Valor Investe. A emissão de títulos brasileiros aconteceu em um momento em que o mercado está aquecido para ofertas de dívida, com investidores buscando papéis antes do início da queda das taxas de juros nos EUA, há muitas expectativas e projeções quanto a essa ação do Federal Reserve (FED).
A procura pelos títulos brasileiros foi forte e superou US$ 12 bilhões. Segundo o Valor, a lista de empresas buscando recursos do exterior na primeira leva de ofertas do ano está em crescimento.