O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, afirmou nesta terça-feira (21) que o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), declarou ao presidente Lula (PT) a preferência dele pelo nome do senador e ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF (Supremo Tribunal Federal). Lula e Alcolumbre se encontraram na noite de segunda-feira (20) no Palácio da Alvorada.
“Ele [Alcolumbre] foi defender o nome do Pacheco. Se o presidente disse para ele que ele já escolheu, ou não, eu não sei. Eu acho que ele [Lula] está com convicção firmada no [Jorge] Messias”, disse Wagner a imprensa. “Eu sei que a fala do Alcolumbre foi só com a intenção de pedir a preferência dele [por Pacheco]”.
Segundo o líder do governo no Senado, ele organizou a conversa com o presidente Lula a pedido de Alcolumbre. Aliados do presidente da Casa também confirmaram o encontro.
Na última semana, o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco afirmou estar “honrado” com as manifestações e declarações de apoio de colegas senadores e de ministros do STF, como o magistrado Gilmar Mendes – que havia chamado o senador de “nosso candidato” à Corte.
Wagner ainda relatou que o presidente Lula quer se reunir com o Pacheco antes de tomar uma decisão.
O senador baiano relatou que esteve com Lula na Alvorada nesta terça-feira para saber da reunião, que aconteceu somente entre os chefes do Executivo e do Legislativo. O presidente da República, porém, embarcou na manhã desta terça-feira para a Indonésia e Malásia e ainda não anunciou o substituto de Barroso.
Wagner sinalizou que Lula só vai divulgar a indicação para a vaga do carioca somente na volta da viagem. De acordo com o senador, Alcolumbre não deu indicativo ao petista de como será a tramitação da indicação à Corte, caso o nome escolhido seja o do atual AGU (Advogado-Geral da União), Jorge Messias.
O líder do governo no Senado ainda defendeu o nome de Messias e minimizou potenciais resistências de parlamentares ao possível nome. “O Messias não é um homem que afronta ninguém, não é um homem que traga atenção. É um cara que prestou serviço para mim, trabalhando no meu gabinete. Para a Dilma, acho que para o Mercadante. Ou seja, é uma pessoa conhecida inclusive lá no Supremo. E tem feito um trabalho que eu acho positivo”, disse Wagner.