A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de terça-feira (10), com uma votação expressiva de 413 votos favoráveis e apenas 4 contrários, o projeto que estabelece um novo regime para a renegociação das dívidas dos estados junto ao governo federal.
A proposta é de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e agora será analisada novamente pelos senadores.
Essa iniciativa cria o Propag (Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados), que oferece aos estados endividados a oportunidade de reduzir o indexador das suas dívidas com a União. Além disso, estabelece um prazo de 30 anos para o pagamento dessas obrigações.
O projeto busca aliviar a situação fiscal dos estados e proporcionar condições financeiras mais viáveis para o equilíbrio das contas públicas.
Mudanças no texto
O deputado Luizinho (PP-RJ), responsável pelo relatório do projeto na Câmara, fez mudanças significativas no texto inicialmente aprovado pelo Senado.
Uma das principais alterações foi o aumento no prazo para que os estados possam aderir ao programa de renegociação das dívidas, oferecendo mais tempo para que os entes federativos possam se adequar às novas condições.
No texto original, o prazo era de apenas 120 dias após a promulgação da lei. No entanto, o substitutivo apresentado pelo relator estende esse período até 31 de dezembro de 2025.
Câmara analisa mudanças do Senado na reforma tributária
O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados responsável pela regulamentação da reforma tributária se reuniu nesta terça-feira (10) para avaliar, ponto a ponto, as alterações propostas pelo relator do projeto no Senado, Eduardo Braga (MDB). O objetivo é acelerar as discussões para que a matéria seja votada na sexta-feira (13).
Os parlamentares já identificaram os pontos de consenso e de divergência, além de outros que ainda necessitam de debate.
O grupo se reuniu às 14h (horário de Brasília) com Bernard Appy, secretário especial do Ministério da Fazenda para a Reforma Tributária, e à noite deve se encontrar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), para discutir o texto.
Braga apresentou seu parecer nesta terça-feira na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, e a expectativa é que o colegiado vote o texto na quarta-feira (11).
Entre os pontos mais sensíveis estão as mudanças propostas por Braga nos incentivos da Zona Franca de Manaus. A Câmara havia estabelecido uma alíquota de 12% para a saída de produtos da indústria local para outros estados, mas o senador aumentou essa alíquota para 18% do IBS.