O ministro Flávio Dino foi eleito presidente da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (23). O ministro, nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro de 2024, vai assumir o posto no dia 1º de outubro e ficará no cargo por um ano. Dino irá substituir a cadeira do também indicado por Lula, Cristiano Zanin, que preside o colegiado desde outubro de 2024.
Com a eleição, caberá a Flávio Dino o papel de concluir o andamento das ações da trama golpista do 8 de janeiro de 2023. Até o momento, somente aconteceu o julgamento do chamado “núcleo crucial”, que teve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os réus. Falta julgar outros quatro núcleos.
O ministro Dino ganhou protagonismo na Suprema Corte pela sua relatoria das ações sobre emendas parlamentares. Além disso, entre os colegas, a avaliação da desenvoltura e postura habilidosa de Dino durante os julgamentos, não aparenta a de um ministro recém-chegado e último a ingressar no Supremo.
Na sessão desta terça, Dino disse que seguirá atuando com bom humor. “Alguns gostam, outros não, mas eu sempre me escoro na oração preferida do papa Francisco: a oração do bom humor. Eu procuro imprimir isso até como forma de acalentar uma alma dilacerada por tantos sofrimentos como a minha”, disse.
“Então, eu tenho essa vivência e, por isso, mesmo nos momentos mais graves sempre procuro imprimir uma nota de singularidade. Eu desejo vivamente, ao tempo que aqui estiver, ser esse elemento de coesão, porque mesmo com as diferenças, que tenhamos esse senso de união e colegialidade”, disse.
A ministra Cármen Lúcia parabenizou o colega. “Nosso ministro Flávio Dino é um colega que nos dá tranquilidade, da continuidade dos trabalhos, com o mesmo empenho e vontade de fazer que a história do STF se mantenha com integridade, segurança, ética republicana e espírito democrático.”