Brasil-EUA

Trump diz que vai conversar com Lula "em algum momento"

Presidente dos EUA afirma que deve falar com Lula após anunciar tarifas de 50% sobre exportações brasileiras, em meio a tensão comercial crescente

Foto: Ricardo Stuckert/ Planalto e Reprodução/ Facebook/ Donald Trump
Foto: Ricardo Stuckert/ Planalto e Reprodução/ Facebook/ Donald Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (11) que pretende conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “em algum momento”, após ter anunciado a intenção de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

A declaração foi dada a jornalistas enquanto Trump deixava a Casa Branca rumo ao Texas, estado que enfrenta uma grave crise de enchentes.

O republicano não especificou quando ou de que forma o diálogo com o líder brasileiro deve ocorrer.

A sinalização ocorre em meio ao aumento das tensões comerciais entre os dois países.

A decisão de sobretaxar exportações brasileiras, incluindo aviões, carne, café, aço e minério, é vista como retaliação política e já provocou reações nos mercados e entre autoridades do governo Lula.

Novo pacote tarifário: Trump impõe 35% ao Canadá

O presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou seu ataque tarifário ao Canadá nesta quinta-feira (10), anunciando que os EUA, imporão uma tarifa de 35% sobre as importações canadenses a partir do mês de agosto. 

Além de aplicar tarifas generalizadas de 15% a 20% à maioria dos outros parceiros comerciais. 

Em uma carta publicada em sua plataforma nas redes sociais, o presidente informou ao primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, que a nova tarifa entrará em vigor no dia primeiro de agosto e poderá aumentar caso o Canadá retalie.

Em publicação na rede X na noite de quinta-feira, o primeiro-ministro Carney afirmou que seu governo seguirá defendendo os trabalhadores e as empresas canadenses nas negociações com os EUA, enquanto trabalha dentro do novo prazo estabelecido.

A tarifa de 35% representa um aumento em relação à taxa atual de 25% aplicada ao Canadá, e é um revés para Carney, que vinha tentando fechar um novo acordo comercial com Washington.

Segundo um integrante do governo americano, a expectativa é de que a isenção para produtos cobertos pelo Acordo EUA-México-Canadá (USMCA) seja mantida.