EUA

Trump: equipe busca reduzir ou eliminar reguladores bancários

Qualquer proposta para eliminar a FDIC ou outra agência exigiria aprovação do Congresso

Donald Trump
Donald Trump / Foto: Fotos Públicas

A equipe de transição do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começou a explorar caminhos para reduzir drasticamente, consolidar ou até mesmo eliminar os principais órgãos de supervisão bancária em Washington.

Em entrevistas recentes com possíveis indicados para liderar reguladoras bancárias, assessores de Trump e funcionários do mais recente órgão, o Departamento de Eficiência Governamental, questionaram, por exemplo, se o presidente eleito poderia abolir o FDIC (Federal Deposit Insurance Corp.). As informações foram obtidas pelo Valor por meio de fontes próximas ao assunto.

Os assessores também perguntaram aos candidatos à direção da FDIC e do OCC (Escritório do Controlador da Moeda) se o seguro de depósitos poderia ser transferido para o Departamento do Tesouro.

Qualquer proposta para eliminar a FDIC ou outra agência exigiria aprovação do Congresso. Mesmo que presidentes anteriores tenham reorganizado e reestruturado departamentos, Washington nunca fechou uma agência de alto nível de gabinete e raramente encerrou outras agências.

Trump: cortes de impostos podem não gerar muito impulso econômico

O presidente eleito dos EUADonald Trump, afirmou que renovar os cortes de impostos turbinaria o investimento e impulsionaria o crescimento econômico do país. No entanto, uma nova análise do CRFB (Committee for a Responsible Federal Budget), um grupo de vigilância fiscal apartidário, contesta essa visão e aponta que a medida pode não contribuir significativamente para o crescimento econômico.

A análise do CRFB foi baseada em uma avaliação do CBO (Congressional Budget Office) que examinou o impacto de não estender os cortes de impostos. Esse braço apartidário da legislatura concluiu que permitir que as reduções expirassem proporcionaria um grande benefício às finanças públicas, reduzindo o déficit fiscal acumulado em US$ 3,7 trilhões ao longo de uma década.

A pesquisa do CBO também aponta que a renovação dos cortes de impostos teria um efeito líquido modesto e semelhante sobre o crescimento econômico, reforçando a avaliação do CRFB.

As perspectivas tanto do CRFB quanto do CBO levantam dúvidas sobre os ganhos econômicos finais e destacam a pressão enfrentada pelos legisladores para identificar fontes de economia que possam financiar os cortes de impostos, conforme apontou o “Valor”.