Política

Varíola dos macacos: Anvisa pede uso de máscaras e distanciamento nos aeroportos

Segundo o órgão de saúde, a medida visa prevenir a contaminação da doença no Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um comunicado na última terça-feira (24) em que recomenda uma série de medidas de proteção em aeroportos brasileiros com o intuito de conter a chegada da varíola dos macacos no Brasil.

“Considerando-se as formas de transmissão da varíola dos macacos, a Anvisa reforça a importância das medidas de proteção à saúde a serem adotadas em aeroportos e aeronaves”, afirma o órgão de saúde.

A varíola dos macacos é uma infecção viral pouco contagiosa e que é endêmica. A maioria das infecções mais recentes foram relatadas na Europa.

“Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, tem o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças”, acrescentou o comunicado.

O ministério da Saúde declarou que está monitorando os casos da doença no mundo e também os voos oriundos de países com infecções recentes registradas da varíola dos macacos. “A medida inicialmente tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença. Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no País”, declarou a pasta da Saúde em nota.

Varíola dos macacos: especialistas afirmam que doença exige proteção mas minimizam risco

Em entrevista ao BP Money, médicos infectologistas afirmaram que é necessário monitorar a nova doença, mas sem a mesma proporção da Covid-19. 

“A varíola do macaco não é nova e os surtos são pequenos na maioria das vezes. Não tem a mesma transmissibilidade da varíola humana”, afirma o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, Marcos Boulos.

Álvaro Furtado, médico infectologista do Hospital das Clínicas, analisa que o Brasil precisa monitorar as viagens aéreas e isolar os casos da varíola do macaco, mas sem a criação de barreiras sanitárias.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile