Política

Vazamento de gás teria causado morte de casal bilionário, diz polícia

Casal foi encontrado morto por filho

Um vazamento de gás na casa de máquinas teria resultado na morte do bilionário José Bezerra de Menezes Neto, 65 anos, sua mulher, Luciana, e uma cadela do casal. As mortes ocorreram no último sábado (9) na mansão da família, em um condomínio fechado da praia de Iporanga (SP).

De acordo com a polícia, a casa de máquinas abrigava bombas de piscina, tonéis para armazenamento de água e uma espécie de queimador – aparelho que aquece a água para distribuição em outros ambientes da mansão. A suspeita é de que um cano partido, acoplado a esse queimador, tenha provocado o vazamento. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do BP Money.

Esse espaço fica muito próximo ao banheiro da suíte do casal. Segundo as investigações, o gás que vazou pelo cano se acumulou na casa de máquinas, formou uma camada espessa e entrou no quarto do bilionário por meio de pequenos orifícios, levando à intoxicação do casal. A apuração é preliminar, uma vez que o laudo da perícia ainda não foi concluído.

José Bezerra, também conhecido como Binho Bezerra, e a mulher foram encontrados mortos pelo filho deles, de 27 anos, por volta de 10h de sábado. O casal estava sobre a cama. À polícia, o jovem disse que chegou a chamar um médico que mora no condomínio, mas o profissional não conseguiu reanimar seus pais.

A Polícia Civil não encontrou sinais de violência nos corpos.

Fortuna

Binho Bezerra, tinha um patrimônio estimado em R$ 1,5 bilhão pela revista Forbes. Sua família, natural de Juazeiro, no Ceará, fundou o BicBanco na década de 1930.

O banco, fundado pelo seu pai, Humberto Bezerra, e seu tio, o ex-governador do Ceará Adauto Bezerra, teve ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo até 2015, quando se retirou do pregão, após a compra da instituição pelo China Construction Bank, que passou a se chamar CCB Brasil, em um negócio avaliado naquela oportunidade em R$ 1,6 bilhão.

Após a transação, Binho Bezerra se tornou sócio da Ademicon, uma administradora de consórcios, mas também mantinha outros negócios na área financeira e imobiliária.

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