Venezuela acusa EUA de “pirataria” após apreensão de petroleiro
Montagem com os presidentes da Venezuela (E), Nicolás Maduro, e dos EUA, Donald Trump — Foto: Pedro MATTEY / AFP e Jim WATSON / AFP

A Venezuela acusou os Estados Unidos de cometer “pirataria internacional” após a apreensão de um navio petroleiro no mar do Caribe. O acontecimento foi anunciado publicamente pelo presidente norte-americano Donald Trump.

O governo de Nicolás Maduro classificou o caso como “roubo descarado”. Além disso, eles afirmaram que a ação reforça um movimento de pressão política e econômica contra o país.

De acordo com o comunicado enviado pelo chanceler Yván Gil Pinto, Washington age para “se apropriar do petróleo venezuelano”, intensificando o clima de tensão entre os dois países.

Venezuela reage à apreensão de petroleiro pelos EUA1

O governo venezuelano destaca que o episódio se repete e que a apreensão do navio integra um “plano deliberado” dos EUA para avançar sobre as riquezas energéticas do país.

O ministro das Relações Exteriores declarou que, durante a campanha de 2024, Trump já teria dito que o objetivo dos EUA seria “ficar com o petróleo venezuelano sem pagar nenhuma contraprestação”.

Dessa forma, a fala acabou sendo reforçada pelo trecho divulgado pelo governo Maduro. “Washington já afirmou abertamente que seu objetivo sempre foi ficar com o petróleo venezuelano sem pagar nada em troca.”

Citgo e pressões externas elevam tensão diplomática

O comunicado também relaciona o episódio ao litígio envolvendo a Citgo, refinaria venezuelana nos Estados Unidos, alegando que o processo representa “roubo mediante mecanismos judiciais fraudulentos”.

Além disso, a Venezuela voltou a denunciar tentativas de “mudança de regime”, acusando governos ocidentais de pressionarem pela saída de Maduro.

Trump confirma ação dos EUA no Caribe

O presidente norte-americano confirmou a apreensão do navio durante um pronunciamento. Trump afirmou:

“Como vocês provavelmente sabem, acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela. É um grande petroleiro, muito grande. O maior já apreendido.”

Em suma, a declaração ampliou a repercussão do episódio e intensificou a retórica do governo venezuelano, que passou a tratar o caso como mais um capítulo da disputa política entre Caracas e Washington.