Acordos comerciais

Vice-premiê da China terá negociações comerciais com os EUA na Suécia

Negociações em Estocolmo buscam evitar nova escalada tarifária entre EUA e China; Pequim adota tom conciliador

China e EUA (Reprodução: Kaboompics/pexels)
China e EUA (Reprodução: Kaboompics/pexels)

O vice-primeiro-ministro da Chona, He Lifeng, visitará a Suécia de 27 a 30 de julho para uma nova rodada de negociações econômicas e comerciais com autoridades dos EUA.

Ambos os lados continuarão as consultas com base nos princípios de “respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação em que todos ganham”, disse o ministério em um comunicado.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou nesta terça-feira que se encontrará com autoridades chinesas em Estocolmo para discutir a prorrogação do prazo das negociações de um acordo comercial.

Segundo ele, as relações comerciais entre os dois países estão “em uma boa situação”.

A China tem um prazo até 12 de agosto para chegar a um acordo duradouro com a Casa Branca ou correrá o risco de tarifas mais altas dos EUA.

Desde meados de maio, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, já se reuniu duas vezes com o vice-premiê chinês He Lifeng, em Genebra e Londres, em um esforço para fortalecer a delicada trégua comercial entre os dois países, que levou à redução de tarifas de três dígitos aplicadas após uma série de retaliações mútuas.

Pequim tem adotado um tom mais conciliador às vésperas da nova rodada de negociações, marcada para a próxima semana em Estocolmo.

Na terça-feira, o órgão regulador do mercado chinês anunciou a suspensão de uma investigação antitruste contra o DuPont China Group, subsidiária da norte-americana DuPont.

A medida foi interpretada como um gesto de boa vontade, já que a apuração havia sido aberta em abril, após o presidente dos EUA, Donald Trump, impor tarifas adicionais de 34% sobre produtos chineses.

O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, afirmou na semana passada que o país deseja estabilizar suas relações comerciais com os EUA.

Segundo ele, as duas rodadas de negociações recentes na Europa indicam que uma guerra tarifária não é necessária.