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Vinho mais barato pelo WhatsApp? Pode ser do esquema do PCC

Vinho mais barato pelo WhatsApp? Pode ser do esquema do PCC

Vinho mais barato pelo WhatsApp? Pode ser do esquema do PCC / Freepik

Segundo o portal “R7”, uma facção criminosa ligada ao PCC está contrabandeando vinho da Argentina para o Brasil. De acordo com a apuração do site, os criminosos roubam os vinhos na Argentina em depósitos, lojas e caminhões, e depois os levam até galpões onde são contrabandeados para o Brasil.

Cerca de nove prisões foram feitas nos últimos 45 dias, segundo a Polícia Argentina. Todos os envolvidos eram pessoas ligadas ao tráfico de vinhos e pertenciam a grupos criminosos como o PCC, o Comando Vermelho e o Bala na Cara. Todos aguardam extradição.

Desde 2019, há uma investigação na fronteira entre Brasil e Argentina sobre o caso. Além dos nove presos, mais quatro pessoas já haviam sido detidas anteriormente.

Ainda de acordo com a Polícia Argentina, pelo menos três mortes já foram identificadas em assaltos a galpões ou transportadores de vinho.

A investigação continua em sigilo no país vizinho e conta com o apoio de autoridades brasileiras.

Em entrevista à revista “Adega” em 2021, Mark Tollemache, delegado da Receita Federal relatou um crescimento no número de apreensões. 

“Em todo esse ponto de fronteira, principalmente nas cidades de Dionísio Cerqueira e Santo Antônio do Sudoeste nós tivemos um aumento absurdo na entrada irregular de vinhos”, afirmou. 

De acordo com Tollemache, o aumento do contrabando de vinho se deve a um conjunto de fatores, como a desvalorização do Peso argentino, barateando os produtos e aumentando as margens de lucro dos contraventores, e o fato do vinho estar se popularizando no Brasil.

O delegado ainda contou que os criminosos agem principalmente por meio do marketplace. 

“Hoje qualquer pessoa pode se cadastrar como vendedor, não existe um controle cadastral por parte das plataformas e muitos criminosos criam um perfil falso e fingem ser uma empresa lícita, mas que está de fato vendendo vinhos objeto de descaminho”, relatou.

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