Fernando Kobuti, do escritório Blue3, é finalista nas categorias  Especialista em Alternativos e Melhor Especialista em BDRs e ETFs  do Prêmio ABAI 2025
Fernando Kobuti, do escritório Blue3, é finalista nas categorias Especialista em Alternativos e Melhor Especialista em BDRs e ETFs do Prêmio ABAI 2025

Selecionado para as categorias Especialista em Alternativos e Melhor Especialista em BDRs e ETFs do Prêmio ABAI 2025, Fernando Kobuti, do escritório Blue3, integra o grupo de profissionais que se destacaram pela atuação no mercado financeiro.

Atuante no mercado financeiro desde 2017, Kobuti contou um fato “curioso” sobre sua carteira: “Sou tão fã dos ETFs que migrei toda a minha própria carteira para a gestão passiva/indexada.”

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Confira a entrevista na íntegra:

⁠O que tem impulsionado o interesse dos investidores brasileiros por ativos globais?

A busca por proteção e diversificação de ativos e moedas. Depois de anos de instabilidade local, o investidor brasileiro entendeu que concentrar tudo no Brasil pode ser um grande risco. E os ETFs globais democratizaram esse acesso de forma simples, barata e eficiente.

⁠Quais são os principais equívocos que ainda existem sobre investir fora do Brasil?

Muitos acham que investir lá fora é apenas para quem tem muito dinheiro ou que exige estrutura complexa. Outro erro é acreditar que investir globalmente é “fugir do Brasil” quando na verdade é sobre participar do crescimento do mundo e reduzir riscos locais.

Como você equilibra a diversificação internacional com o perfil de risco dos clientes?

Antes de pensar em “quanto investir lá fora”, é essencial entender os objetivos e necessidades de cada cliente. A exposição internacional só faz sentido quando está a serviço do plano financeiro  e não como uma decisão isolada. Muitas vezes, ela entra como ferramenta de diversificação e proteção patrimonial, reduzindo o risco de concentração no Brasil e dando acesso a economias mais estáveis. Mas tão importante quanto montar a alocação é educar o cliente, para que ele entenda o porquê de cada escolha e o comportamento esperado de cada ativo. Isso evita frustrações e decisões emocionais. O equilíbrio vem justamente daí: alinhar a estratégia global ao perfil de risco, ao horizonte de tempo e, principalmente, à compreensão do investidor sobre o que está fazendo.

Que tendências globais devem ganhar força nos próximos anos?

A consolidação da gestão passiva e o crescimento da tokenização de ativos. Transparência, custo baixo e eficiência são tendências irreversíveis, tanto para investidores individuais quanto institucionais.

⁠Que práticas ou estratégias você considera essenciais para alcançar excelência no atendimento ao cliente?

Transparência, alinhamento e clareza. O cliente precisa entender o que está sendo feito com seu patrimônio, e por quê. A excelência vem da transparência, da educação financeira e de um modelo com o foco no cliente.

De que forma você mede “impacto no mercado”? É mais sobre performance, reputação ou influência?

Pra mim, impacto é mais sobre influência. É ver mais assessores e investidores adotando a gestão passiva, os ETFs. Performance é consequência, reputação é reflexo, mas o impacto vem quando a filosofia muda o comportamento das pessoas.

Há algum momento ou conquista recente que simbolize o que te trouxe até aqui?

Minha migração pessoal para a gestão passiva indexada. Documentei tudo na série Back to the Basics e ajudei outros profissionais a fazerem o mesmo. Também co-criei o Stop Loss Podcast, dedicado a difundir essa filosofia no Brasil.

⁠Como você equilibra resultados e relacionamento humano em um mercado tão competitivo?

Resultados sem relação humana são vazios. Meu trabalho é sobre confiança e clareza e isso exige presença e muito relacionamento. O cliente não compra produto, compra clareza, confiança e tranquilidade. Quando entendemos o processo e o propósito, o resultado vem naturalmente.