Prêmio ABAI 2025: Kelton Vieira é finalista a Melhor Assessor em BDRs e ETFs

Selecionado como finalista do Prêmio ABAI 2025, na categoria Melhor assessor em BDRs e ETFs , Kelton Vieira da Costa Oliveira, do escritório Petrópolis Invest. integrando o grupo de profissionais que se destacaram pela contribuição ao mercado.

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Veja a entrevista completa:

O que tem impulsionado o interesse dos investidores brasileiros por ativos globais?

Nos últimos anos, os investidores brasileiros têm buscado mais diversificação e proteção cambial. Além disso, o avanço dos BDRs e dos ETFs globais democratizou o investimento internacional, permitindo que qualquer investidor tenha exposição a empresas internacionais de forma simples e acessível.⁠

Quais são os principais equívocos que ainda existem sobre investir fora do Brasil?

Um dos equívocos que considero mais comuns é acreditar que investir fora é apenas para quem tem muito dinheiro ou para quem entende profundamente de economia global.

Hoje, com BDRs e ETFs, qualquer investidor pode diversificar de forma prática e com aportes baixos. Outro ponto que percebo é o medo da variação cambial, quando, na verdade, ela pode funcionar como um mecanismo de proteção do patrimônio.

Investir globalmente não é abrir mão do Brasil, mas sim complementar a carteira e reduzir riscos concentrados em um único país.

⁠Como você equilibra a diversificação internacional com o perfil de risco dos clientes?

O ponto principal é entender o objetivo, o perfil de risco e o horizonte de tempo do cliente. A partir disso, ajusto o percentual de alocação internacional na carteira de modo que fique proporcional ao seu perfil de risco.

Para investidores mais conservadores, gosto de trabalhar com uma exposição estratégica por meio de fundos ou ETFs de baixa volatilidade. Já para os mais arrojados, é possível incluir estratégias mais sofisticadas, setores específicos e até estratégias cambiais envolvendo outras classes de ativos.

O equilíbrio vem de uma gestão ativa e de uma conversa constante com o cliente, para ajustar a carteira conforme o cenário global muda e também de acordo com o seu próprio perfil ao longo do tempo.

 ⁠Que tendências globais devem ganhar força nos próximos anos?

Acredito que veremos um fortalecimento de temas ligados à tecnologia, energia limpa, saúde, criptoativos e inteligência artificial, que seguem transformando setores inteiros da economia. Além disso, há um movimento crescente em direção a ETFs temáticos e estratégias globais que unem inovação com sustentabilidade.

No campo macroeconômico, o cenário de juros mais baixos e a reprecificação dos ativos globais tendem a favorecer a renda variável internacional.

O investidor que estiver posicionado desde já nesses vetores possui boas chances de capturar oportunidades de longo prazo.