O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ao mercado, nesta sexta-feira (28), que os recentes aumentos do dólar em relação ao real são resultado de especulação com derivativos, enfatizando que o Banco Central tem o dever de investigar essa situação.
Durante entrevista à rádio FM O Tempo durante sua visita a Minas Gerais, Lula também declarou que considera o patamar atual da taxa Selic, de 10,50% ao ano, como “irreal”, defendendo que a inflação está sob controle.
Lula fala em ‘mediação’ tributária, pressionado pelo agro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira (26), que a reforma tributária, cuja regulamentação está sendo debatida no Congresso Nacional, preveja uma definição sobre o imposto que incidirá sobre as carnes.
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Segundo o documento do banco, 58% dos entrevistados acreditam que a Selic terminará 2024 em 10,5%, enquanto 32% esperam que ela fique entre 10% e 10,25%
O governo Lula vem sendo pressionado por setores do agronegócio para que produtos como lácteos e carnes sejam inseridos na cesta básica, com alíquota zero. No momento, há previsão de alíquotas diferentes para esses itens, mas não há uma isenção total.
“Nós estamos discutindo várias coisas. Vamos discutir na reforma tributária quais itens a gente quer que não paguem imposto e quais a gente quer. Os empresários querem que a gente isente toda a carne. Acho que a gente tem que mediar”, disse Lula, de acordo com o “InfoMoney”.
“Tem carne consumida por gente de padrão alto e a carne que o povo consome. Pode fazer a separação. Não vamos taxar frango, é o que o povo come todo dia”, acrescentou o presidente, defendendo um “meio-termo” para o processo.
Conforme a emenda constitucional da reforma tributária, aprovada pelo Congresso Nacional em 2023, alguns produtos serão incluídos na cesta básica e estarão isentos dos impostos que foram criados a partir das alterações na legislação tributária.
Lula: dólar, no maior nível em 2 anos, não preocupa o governo
Na sessão de quinta-feira (20), o dólar chegou ao valor de R$ 5,46, valorizando 0,38% frente ao real. No entanto, o presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a moeda não preocupa o Governo Federal e não ameaça a confiabilidade adquirida pelo País frente ao exterior.
Segundo Lula, a disparada recente da moeda se deve à decisão do Fed (Federal Reserve) de não reduzir a taxa de juros dos EUA, além da presença de Roberto Campos Neto no comando do BC (Banco Central).
“Quando há um problema, você busca mudar isso. E nós temos um problema sério: o atual presidente do BC é um adversário político, ideológico e do modelo de governança que nós fazemos”, disse Lula, em entrevista à Rádio Mirante News.
