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Goldman Sachs adia início de cortes de juros para junho 

Até o momento, os especialistas projetavam que os cortes poderiam vir a ser desencadeados em maio

Ao notar um tom mais conservador na última ata do Banco Central dos Estados Unidos, Federal Reserve (Fed), o Goldman Sachs, revisou as suas projeções para o início do ciclo de cortes de juros da autarquia federal. No novo cenário, o banco norte-americano avalia que a contenção inflacionária estadunidense deve começar apenas em junho.

Até o momento, os especialistas projetavam que os cortes poderiam vir a ser desencadeados em maio. Além disso, a instituição também vê que, ao longo deste ano, haverá um total de quatro reduções nos juros pelo Fed.

O relatório divulgado pelo Goldman Sachs, liderada pelo economista-chefe Jan Hatzius, ainda consta que a autarquia monetária dos EUA têm demonstrado preferência pelo retardamento na desaceleração dos juros. A análise se embasa na leitura de resiliência da economia dos Estados Unidos e uma cautela maior a fim de ter certeza de que a inflação está se movendo à meta de 2% ao ano.

O Goldman Sachs é, pelo menos, o segundo grande banco a deixar mais pra frente a sua previsão para o começo dos cortes nos Estados Unidos. Após a ata divulgada na quarta-feira (21), o UBS também mudou a sua previsão de maio para junho. Segundo o The Wall Street Journal, os bancos Barclays, Jefferies, Nomura e BNP Paribas também alteraram as projeções neste sentido.

Ata do Fed

A ata da última reunião do FED (Federal Reserve), banco central dos EUA, realizada entre os dias 30 e 31 de janeiro e divulgada nesta quarta-feira (21), foi permeada por preocupação com os riscos de cortar as taxas de juros antecipadamente. Além disso, os diretores mostraram-se incertos sobre quanto tempo os custos dos empréstimos podem seguir no nível atual. 

“Os participantes destacaram a incerteza associada a quanto tempo uma postura restritiva da política monetária precisaria ser mantida”, diz a ata em referência ao corte de juros a 2% pelo FED, de acordo com o InfoMoney. 

Apesar de “a maioria dos participantes tenha notado os riscos de agir demasiado rapidamente para aliviar a postura da política”, apenas alguns “apontaram para riscos descendentes para a economia associados à manutenção de uma postura excessivamente restritiva durante demasiado tempo”, conforme informa o documento.