Acionistas ligados a Victor Adler desejam reformular o conselho de administração da Oi (OIBR3) por estarem convencidos de que o colegiado não reflete mais a composição acionária da companhia. As informações são do “Valor”.
O investidor e sua distribuidora de títulos e valores mobiliários, a VIC DTVM, estão entre os principais acionistas da operadora. Em 18 de janeiro, detinham 0,21% do capital social da Oi, de acordo com informações disponíveis no site de relações com investidores da operadora.
Em fato relevante divulgado em outubro do ano passado, a operadora comunicou ao mercado a redução para 4,39% da fatia do capital social que a gestora canadense Brookfield Asset Management detinha na Oi. Em janeiro de 2022, esse percentual era de 8,65%.
Já a Pharol (antiga Portugal Telecom), que em outubro de 2015 possuía 27,18% do capital social da companhia, viu sua participação minguar ao longo do processo de recuperação judicial da operadora e, em 30 de junho do ano passado, tinha 4,66% da empresa.
Ainda de acordo com a publicação, a Brookfield deixou o capital da Oi e a Pharol ainda detém pequena participação na companhia brasileira.
Após a aprovação da primeira versão de seu plano de recuperação judicial por credores em dezembro de 2017, a Oi montou no ano seguinte um conselho de administração a partir do trabalho de uma empresa de busca de executivos.
O colegiado é composto por nove membros, mas Adler e seus aliados pretendem reduzir este número para sete integrantes. Victor Adler tem hoje apenas um conselheiro que representa seus interesses no colegiado da Oi: o advogado Raphael Manhães.
Em resposta à matéria, a Oi informou que “tem respondido a todas as demandas dos acionistas e dará sequência à solicitação de convocação de AGE nos prazos aplicáveis, tendo para tal solicitado aos acionistas a complementação da documentação necessária.”
Oi (OIBR3): CVM questiona empresa após disparada de ações
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) questionou a Oi (OIBR3) após disparada no volume de negociação das ações, de acordo com documento enviado ao mercado na quarta-feira (25). Nas últimas cinco sessões, o papel OIBR3 disparou 90%.
Apenas nesta sessão, a alta foi de 34,62%, a R$ 2,10. Já o papel preferencial da Oi subiu 19,95%, a R$ 4,93 nesta sessão. Já o volume negociado diário pulou de R$ 32 milhões para R$ 46 milhões.
De acordo com a empresa, não há atos relevantes que em seu entendimento possam justificar possíveis oscilações atípicas no número de negócios e na quantidade negociada de ações da companhia, além daqueles amplamente já divulgados ao mercado.
Nesta quarta-feira, por volta das 10:45 (de Brasília), as ações da Oi disparavam 1,24%, cotadas a R$ 2,44.