123 milhas: fraude na contabilidade e esquema pirâmide, diz relator

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras disse que a 123 Milhas utilizou contas bancárias de familiares e empréstimos para maquiar contabilidade e esconder rombo financeiro.

Além disso, o relator, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), afirmou nesta segunda-feira (9), que a 123 Milhas pode ter criado promoção de passagens baratas (“linha promo”) apenas com o intuito de criar um esquema de pirâmide financeira para se manter de pé.

“É possível que a Linha Promo tenha funcionado como um esquema de pirâmide/esquema ponzi, em que o valor obtido com novas compras era utilizado para emitir passagens de clientes mais antigos e, claro, enriquecer os sócios, até o esquema ruir”, disse Silva.

O legislador solicitou o indiciamento de oito indivíduos relacionados à alegada fraude, incluindo os irmãos Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, que são os sócios-fundadores da empresa.