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Bitcoin (BTC) dispara após dado de inflação nos EUA

Criptomoeda chegou a ser negociada a US$ 25.498 às 9h50 nesta terça-feira (14)

O Bitcoin (BTC) disparou nesta terça-feira (14) após a divulgação dos dados de inflação nos EUA. Às 9h50 (horário de Brasília), a criptomoeda era negociada a US$ 25.498, em alta acumulada de 15,70% em 24 horas, acompanhando as negociações de pré-mercado em Nova York, com os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operando em terreno positivo, segundo informações do “InfoMoney”.

Demais ativos digitais também operam no verde, com Ethereum (ETH) a US$ 1.731,6, em alta de 9,4% em relação à manhã de ontem, e alguns tokens relacionados, como o da plataforma de staking Rocket Pool (RPL), e a rede de segunda camada Optimism (OP), saltando entre 17% e 22%. O destaque, no entanto, segue com a chinesa Conflux (CFX), que soma 46% ao preço de 24 horas atrás, de acordo com o jornal.

Essas altas no mundo cripto ocorreram após a divulgação da inflação cheia, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA. Em fevereiro, o CPI registrou uma alta de 0,4% na comparação com janeiro. No acumulado em 12 meses, a inflação avançou 6%, segundo o Departamento do Trabalho americano.

Taxa de juros e Bitcoin

Os dados foram dentro das expectativas e agradaram o mercado, fazendo com que investidores se adiantassem na precificação de um ajuste mais tímido de juros na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece na próxima semana. As estimativas é que a redução – ou a pausa do aumento – dos juros americanos aconteça como meio de controlar a crise do Silicon Valley Bank (SVB), Silvergate e Signature Bank.

“É um problema 100% iniciado com o aumento das taxas de juros no ano passado. Os bancos ficam com mais dificuldades de pagar os depositários […] Foi um problema de liquidez, de descasamento de fluxo, e não de solvência. O governo americano consegue resolver. É [a tese para a alta das criptos] que eu acho mais provável”, comentou João Zecchin, sócio e cofundador da Fuse Capital, durante participação no Cripto+, programa do “InfoMoney”.

Segundo o jornal, um indicativo da expectativa de aumento menor, manutenção ou até corte de taxas está nos Treasuries americanos, cujo preço despencou diante da crise bancária. Além disso, swaps que tomam como referência as decisões do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre a política monetária levaram para quase 50% as chances de manutenção dos juros na próxima semana.

Até o final do ano, especuladores já chegam a apostar suas fichas de que o Fed pode reduzir os juros em quase um ponto percentual. Agentes de mercado, portanto, já tentam se posicionar esperando esse cenário se concretizar.

Se o otimismo em torno do setor cripto continuar, o BTC teria capacidade de se consolidar acima dos US$ 25 mil e buscar níveis mais altos. “Em situações normais do mercado, acredito que a gente poderia voltar para próximo da região de US$ 28 mil  nos próximos dois meses”, avaliou o analista de criptomoedas Fernando Pereira, da corretora Bitget, também em participação no Cripto+.