A JBS (JBSS3) comunicou nesta terça-feira (5) a captação de US$ 2,5 bilhões por meio de suas subsidiárias JBS USA Lux S.A., JBS USA Food Company e JBS Luxembourg SARL.
Em comunicado, a companhia informou que notas com vencimento em 2034 (Notas Sênior 2034) foram precificadas no valor de US$ 1,6 bilhão, com yield de 6,768% ao ano e cupom de 6,750% ao ano e US$ 900 milhões, com yield de 7,287% ao ano e cupom de 7,250% ao ano para as notas sêniores com vencimento em 2053 (Notas Sênior 2053), perfazendo um total de US$ 2,5 bilhão.
A oferta das notas de cada série está programada para ser concluída em 19 de setembro de 2023, sujeita às condições habituais de fechamento. Os recursos decorrentes da oferta das notas serão utilizados para pagamento de certas dívidas de curto prazo e outros propósitos corporativos.
Os coordenadores da oferta foram Bank of America, BTG, Citi, Santander, BBVA, Bradesco, Mizuho, BMO, Barclays e Banco do Brasil.
JBS: XP (XPBR31) corta preço-alvo
A JBS teve seu preço-alvo reduzido de R$ 39 no fim de 2023 para R$ 27 ao final de 2024 pela XP Investimentos (XPBR31). Em relatório, os analistas da casa revisaram sua tese de investimentos para o frigorífico.
“Uma tempestade perfeita atingiu as mais diversas operações da companhia no primeiro semestre, reduzindo os seus resultados e levando a uma perspectiva de alavancagem desconfortável, que poderia ter sido ainda mais crítica se não fosse a bem-vinda gestão de passivos feita pela empresa”, escreveu o time da XP.
Com o ciclo de gado nos EUA, onde a JBS tem forte presença através da US Beef, virando para baixo, a margem de lucratividade da companhia recuou nos últimos meses. Com um menor número de cabeças de gado disponíveis e preços mais caros, a empresa acabou gastando mais com a compra de gado. Além disso ,há um excesso de oferta no mercado de aves.
“Mundialmente, a perspectiva do mercado avícola é desequilibrada devido a uma indústria com excesso de oferta, já que a demanda não conseguiu acompanhar o forte aumento da avicultura produção nos últimos trimestres”, relataram.
“Como resultado de estimativas decrescentes, vemos agora a JBS negociando com um yield de fluxo de caixa livre de 11,5% e valor da firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) de 6,1 vezes para 2024”, explicou a XP.
Apesar de cortar o preço-alvo da JBS, a corretora brasileira continua recomendando a compra dos papéis do frigorífico.