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Veículos elétricos: vendas ultrapassam recorde do ano passado

Até agosto foram emplacadas 49.052 unidades, ante 49.245 em 2022

As vendas de veículos elétricos em 2023 bateu o recorde do ano passado no Brasil. De acordo com a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) até agosto foram emplacadas 49.052 unidades, um número muito próximo do que foi realizado durante o último ano: 49.245. Os dados também mostram um crescimento de 76% de vendas de carros elétricos na comparação entre os oito meses de 2023 e 2022.

A rede de eletropostos para carregamento de veículos elétricos também cresceu no período. Atualmente existem 3.800 pontos públicos e semipúblicos no Brasil, uma elevação de 28%. 

Mercadante defende desoneração no Brasil

Em junho, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, defendeu a desoneração de carros elétricos produzidos no Brasil, como forma de estimular a introdução da tecnologia no País. Durante participação em seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Mercadante lembrou que os Estados Unidos já oferecem bônus de US$ 7 mil para a compra dos carros elétricos produzidos no país.

Na sua explanação, Mercadante disse que na Europa, enquanto a Alemanha já vinha praticando juro zero no financiamento do hidrogênio verde, uma das fontes de energia das baterias dos automóveis, a União Europeia criou um banco público apenas para financiar essa rota tecnológica. “É com isso que vamos competir”, afirmou o presidente do BNDES.

Em meio à transição energética, o Brasil, continuou Mercadante, concede imposto zero para importar carros elétricos. “Não podemos ficar importando produtos acabados”, frisou o ex-ministro.

Ao falar de iniciativas para a indústria automotiva, ele acrescentou que o banco está trabalhando num modelo de parcerias público-privadas, as PPPs, com prefeituras para aumentar encomendas de ônibus.

Mercadante observou que os países com bancos públicos e agências de fomento mais estruturadas foram os que mais cresceram na última década. Nos Estados Unidos, sustentou, “acabou a conversa de Estado mínimo. “O Estado vai voltar a ter participação ativa do pós-guerra, período de maior crescimento dos Estados Unidos.”