O Conselho Administrativo da Light (LIGT3) aprovou o seu plano de recuperação judicial modificado, apresentado aos credores.
A proposta ocorre num cenário onde o processo de recuperação da Light (LIGT3) corre na 3ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro. As informações são do “Broadcast”.
A organização havia protocolado, na última sexta-feira (23), um aditamento ao documento, apresentado em julho de 2023.
As modificações foram realizadas para melhorar o alinhamento entre as partes envolvidas. A proposta inclue medidas, como o aporte de capital na companhia através do aumento de recursos, capitalização de créditos (com emissão de títulos conversíveis) e pagamento de integral aos proprietários de créditos de até R$ 30 mil.
Em umas das modificações anteriores, a organização havia cedido no referencial de preço para capitalização. Com uma proposta de conversão baseada no preço médio de 45 dias de negociação, mas o credores solicitaram 360 dias.
Light (LIGT3) rejeita contraproposta feita por ‘bondholders’
Detentores de bônus emitidos pela Light (LIGT3), em recuperação judicial, apresentaram à companhia, na semana antes do Carnaval, uma contraproposta ao acordo de pagamento que a empresa vinha tentando costurar com estes credores, segundo informações do “Valor”. Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a contraproposta, no entanto, foi mal recebida pela Light e desde então houve uma parada nas negociações.
Ainda no ano passado a Light vinha negociando com os detentores de aproximadamente R$ 3 bilhões em bônus um acordo de pagamento que previa — entre outros pontos — a realização de leilão reverso para recompra de até R$ 500 milhões em títulos emitidos pelas concessionárias Light Energia S.A. e Light Serviços de Eletricidade S.A. (Light SESA).
Em resposta à Light, o plano dos bondholders previa uma taxa de conversão de dívida em participação acionária mais favorável aos credores. A intenção era novamente desalavancar a companhia, cujas dívidas incluídas no processo de recuperação judicial somam cerca de R$ 11 bilhões.