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Café com BPM: bolsas de NY surfam no rali do Fed e visam novo recorde

Em destaque, Powell deve comentar em um evento do Fed sobre as perspectivas das condições econômicas

Bolsas de NY surfam no rali provocada pelo Fed
Bolsas de NY surfam no rali provocada pelo Fed (Foto: pexels)

Nas bolsas dos EUA, os índices futuros registram alta, durante o pré-mercado desta sexta-feira (22), impulsionados pela indicação do Fed (Federal Reserve) de que planeja cortar os juros três vezes este ano. 

Os principais índices de Nova York atingiram máximas históricas na última quinta-feira (21), continuando uma tendência ascendente iniciada após a última decisão do banco central americano na “Super Quarta”.

Em destaque, Jerome Powell, presidente do Fed, está previsto para falar em um evento da autoridade monetária sobre as perspectivas das condições econômicas e como a experiência durante a pandemia remodelou a economia e a força de trabalho.

Os índices futuros em Nova York registram uma leve alta, indicando uma possível trajetória em direção a novos recordes. Esta semana, os principais índices dos EUA estão caminhando para ganhos expressivos, com o S&P 500 apresentando um aumento de 2,4% e o Nasdaq subindo 2,7%.

O Dow Jones está liderando os três, com um ganho de quase 2,8% até o fechamento de quinta-feira, no ritmo de sua melhor semana desde dezembro.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,06%

S&P 500 Futuro: +0,09%

Nasdaq Futuro: +0,10%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com quedas registradas na China e em Hong Kong, enquanto o índice japonês Nikkei atingiu uma nova máxima histórica.

Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,95%, chegando a 3.048,03 pontos, com os investidores cautelosos antes da divulgação dos indicadores chineses sobre lucro industrial e atividade econômica (PMIs) na próxima semana.

A bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng teve uma queda ainda mais acentuada, de 2,16%, fechando em 16.499,47 pontos.

Por outro lado, em Tóquio, o Nikkei subiu 0,18%, alcançando 40.888,43 pontos, encerrando o dia em uma máxima recorde pelo segundo pregão consecutivo.

Lembrando que na última terça-feira (19), o Banco do Japão (BoJ) aumentou os juros pela primeira vez em 17 anos, enquanto prometeu manter as condições monetárias acomodatícias.

Shanghai SE (China), -0,95%

Nikkei (Japão): +0,18%

Hang Seng Index (Hong Kong): -2,16%

Kospi (Coreia do Sul): -0,23%

ASX 200 (Austrália): -0,15%

Bolsas europeias

Enquanto isso, as bolsas europeias operam de forma mista, após várias bolsas atingirem máximas históricas na sessão anterior. Esses movimentos ocorrem após uma série de decisões sobre as taxas de juros nos últimos dias.

O Banco Nacional Suíço surpreendeu os mercados na quinta-feira ao reduzir sua taxa de juros em 0,25 pontos percentuais, para 1,5%. Por outro lado, o Banco da Inglaterra manteve as taxas de juros conforme esperado na quinta-feira, mas sugeriu que cortes poderiam estar no horizonte, à medida que a inflação caísse mais rápido do que o previsto. Entretanto, o banco central da Noruega deixou sua taxa de juros de referência inalterada e previu um único corte no custo dos empréstimos no final do ano.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,83%

DAX (Alemanha): -0,02%

CAC 40 (França): -0,22%

FTSE MIB (Itália): +0,06%

STOXX 600: 0,00%

Ibovespa: relebre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (21) com queda de 0,75%, aos 128.158,57 pontos. O dólar comercial subiu 0,09%, a R$  4,97.

Uma série de fatores levou o Ibovespa para baixo, neste pregão. Inicialmente, a postura cautelosa demonstrada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) quanto aos futuros cortes na Selic, desanimaram o mercado. Enquanto isso, o preço do petróleo caiu e puxou a Petrobras (PETR4), ao passo que a Vale (VALE3) operou com oscilações, mesmo com o avanço do minério de ferro.

Radar corporativo

O reporte de ganhos com a arrecadação, feito pela Receita Federal nesta quinta-feira (21), surpreendeu o mercado ao apresentar o valor recorde de R$ 186,522 bilhões. No entanto, especialistas esclareceram, em resposta ao BP Money, que o resultado ainda não aproxima o governo da meta de déficit zero.

Sobre os proventos, os membros do Conselho Administrativo da Rede D’Or (RDOR3) aprovaram o destino de R$ 300 milhões para o pagamento de JCP (Juros sobre Capital Próprio) aos acionistas da empresa.  O valor total representa um repasse de R$ 0,1330 por ação. 

Agenda do dia

A semana encerra com a divulgação dos dados da sondagem do consumidor de março pela FGV e os resultados setoriais do ICEI, divulgados pela CNI.

Além disso, está prevista a apresentação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do primeiro bimestre.

Ainda no Brasil, o Presidente da República Lula terá reuniões com a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e com os Ministros da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

Lá fora, nos EUA, Jerome Powell abrirá o evento “Fed Listens: Transitioning to the Post-pandemic Economy”.