Uma possível fusão entre Enauta (ENAT3) e Petroleum (RRRP3) vai gerar uma empresa de petróleo que atuará como consolidadora do mercado de óleo e gás, com um portfólio variado e uma percepção diferenciada de riscos. A afirmativa foi realizada pelo presidente da Enauta, Décio Oddone, nesta terça-feira (2).
O presidente da Enauta (ENAT3) entende que, caso a fusão avance, a futura petroleira será capaz de articular outras aquisições, incluindo a PetroReconcavo (RECV3).
“Vemos méritos para capturar sinergias na operação. Vamos buscar acordos operacionais para projetos que foram identificados como potenciais”, declarou Oddone, de acordo com o jornal “Valor”.
A empresa resultante da operação terá condições de realizar acordos operacionais com a PetroReconcavo, companhia com a qual a 3R vinha articulando um acordo similar.
A 3R passou a ganhar corpo a partir do processo de venda de ativos da Petrobras (PETR4), encerrado em 2023.
Muitos desses ativos eram campos de produção de gás e petróleo com quedas na produção, os chamados “campos maduros”. A viabilidade econômica desses espaços não era mais interessante para a estatal, mas fazia sentido para organizações menores.
“As companhias de campos maduros precisam ganhar escala e diversificar para entregar rentabilidade com sustentabilidade e perenidade. Isso só é possível quando passam a desenvolver um portfólio balanceado, com produção diversificada”, disseram o presidente e o Conselho Administrativo da Enauta em carta enviada à 3R Petroleum.
No documento, os executivos acrescentam que a integração das duas companhias deve criar “uma das principais e mais diversificadas empresas independentes atuando na cadeia de petróleo e gás na América Latina”.
Enauta (ENAT3) fatura US$ 302 mi com venda de participação em campos
A petroleira Enauta (ENAT3) anunciou a assinatura de um acordo para venda de 20% da participação da concessão BS-4. O negócio, que se refere aos campos de Atlanta e Oliva, equivale a US$ 302 milhões.
De acordo com o InfoMoney, a venda será feita à Westlawn Americas Offshore (WAO). No negócio há também a opção de venda de 20% de participação no Atlanta Field BV (AFBV), por US$ 65 milhões.
Além disso, a empresa também informou um programa de recompra de ações, equivalente a 7,5% das que circulam no mercado no momento.