O interesse em FIIs (fundos imobiliários) aumentou 7 p.p (pontos percentuais) em abril em comparação com março, de acordo com pesquisa da XP. Com isso, o interesse nos ativos saltou 13 p.p em relação a outras classes de ativos.
A pesquisa foi realizada com assessores de investimentos ligados à XP. O documento aponta que pelo menos 72% dos assessores mostraram que seus clientes preferiam investir em fundos imobiliários.
O Tesouro Direto e a renda fixa aparecem em segundo lugar, com 59% de interesse por alocação no mês, mantendo sua posição de março. Na outra ponta, o interesse pelo investimento em ações caiu 9 p.p de um mês para outro, ficando com 50% do interesse e em terceiro lugar.
O movimento foi em linha com a deterioração da ótica do mercado sobre a bolsa brasileira. Ao passo que as projeções do Ibovespa ao fim de 2024 recuaram para 134 mil pontos, inferior à expectativa de 138 mil pontos em março e de 136 mil pontos em fevereiro.
Quase metade dos clientes continuou mantendo a alocação entre 10% e 25% em renda. Segundo o “InfoMoney”, um terço deles prefere uma posição de 0% a 10% do portfólio e somente 7% possuem mais de 50% da carteira em ativos de risco.
XP espera que Itaú (ITUB4) e BB (BBAS3) sejam destaques do 1TRI24
Os bancos tradicionais brasileiros devem apresentar uma melhora nos índices de inadimplência e um maior apetite ao risco nos balanços do primeiro trimestre de 2024. Na avaliação da XP Investimentos, o Itaú (ITUB4) e o Banco do Brasil (BBAS3) devem se destacar na temporada.
Geralmente, o primeiro trimestre do ano tem um efeito sazonal que tende ao negativo para as instituições financeiras, o que a XP classifica como uma “pindaíba”. O período envolve a elevação de taxas de inadimplência ligadas às despesas recorrentes do início do ano e maiores gastos por conta das festas durante o intervalo.
Mesmo com esse cenário negativo, a expectativa é de uma melhora, já observada no quarto trimestre de 2023.
“Os NPLs (non-performing loans, que são os créditos em atraso) ainda se encontram em um nível elevado, mas espera-se que continuem a sua trajetória descendente, e o custo do crédito também deverá diminuir. Consequentemente, prevemos um maior apetite ao risco, com alguns bancos a apresentarem oportunidades de crescimento em linhas de crédito mais arriscadas”, avaliou a XP em relatório.