O aumento de capital de R$ 1,5 bilhão da Oncoclínicas está sendo amplamente considerado como uma ação extremamente positiva pelo Citi.
A emissão de ações a R$ 13,00 representa um aumento significativo em relação ao fechamento anterior, sendo 74% maior, e também supera em 89% o volume médio diário de negociação (ADTV) dos últimos 30 dias.
Os analistas Leandro Bastos e Renan Prata destacam que o acordo da Oncoclínicas é benéfico para fortalecer o balanço da empresa, e o prêmio de subscrição proposto reflete uma confiança substancial nas ações.
Os recursos provenientes do aumento de capital, liderado pelo Banco Master (R$ 1 bilhão) e pelo CEO da empresa (R$ 500 milhões), serão utilizados para melhorar a estrutura financeira, reduzindo a alavancagem pro forma do primeiro trimestre de 2024 de 4,2 vezes para 2,8 vezes, conforme avaliação do Citi.
Os analistas também observam que o guidance divulgado pela empresa, com uma alavancagem esperada de 2 vezes até o quarto trimestre de 2024, demonstra uma disciplina sólida na gestão de capital para o futuro.
O Citi mantém sua recomendação de compra para a Oncoclínicas, estabelecendo um preço-alvo de R$ 10,00, o que representa um potencial de valorização de 34,2% em relação ao fechamento do último dia 22.
Oncoclínicas levanta R$ 1,5 bi ancorada pelo Banco Master
Em mais um fomento ao apetite para o mercado de M&A demonstrado nos últimos tempos pelo Banco Master, a instituição assume protagonismo no aumento de capital de R$ 1,5 bilhão da Oncoclínicas, em parceria com o fundador da empresa, o médico Bruno Ferrari.
Isso ocorre porque dois fundos do Master vão subscrever R$ 1 bilhão das novas ações, resultando em uma participação de 12% no grupo de saúde especializado em tratamentos contra o câncer.
A operação será realizada através dos fundos Quíron e Tessália. Além disso, Ferrari subscreverá outros R$ 500 milhões, com o Master também atuando como âncora na transação.
No total, 115,4 mil novas ações serão emitidas, com os recursos sendo destinados à expansão orgânica do grupo.
As condições para o aumento de capital estabelecem que as novas ações serão emitidas a R$ 13 cada, representando um ágio de 89% em relação ao valor de mercado, conforme avaliação da XP Finanças Assessoria Financeira.