Os contratos futuros de petróleo fecharam nesta segunda-feira (3) em seu menor patamar desde fevereiro, afetados pela decepção dos investidores com o resultado da reunião da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) realizada no final de semana.
No encontro das nações exportadoras de petróleo, foram estendidos os cortes de oferta, mas os países também chegaram a um acordo para encerrá-los gradualmente a partir do final deste ano.
A commodity do tipo WTI, que é referência norte-americana, para julho, fechou com queda de 3,60%, a US$ 74,22 por barril. Já o Brent, referência global, para agosto, caiu 3,39%, a US$ 78,36. Esses são os menores valores desde o início de fevereiro.
Na perspectiva do analista Norbert Rucker, do Julius Baer, a decisão da Opep+ confirmou a visão de que os países membros estão um pouco apreensivos em relação à perda de participação no mercado devido aos cortes que duram desde o ano passado.
“Esse resultado pode ser bastante pessimista para o mercado de petróleo, já que os aumentos de produção, agora, estão oficialmente anunciados. No entanto, em última análise, a decisão apenas reconhece o óbvio”, disse ele, de acordo com o “Valor”.
“A oferta deve permanecer ampla e o clima do mercado continuará a esfriar. Vemos os preços do petróleo chegando a US$ 70 por barril no fim deste ano. A geopolítica continua sendo um elemento de ruído que pode ocasionalmente abalar os preços”, estima o economista.
Petróleo: Opep vai manter cortes na produção para segurar preços
A Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu manter os cortes no fornecimento de petróleo até o final do ano, em uma estratégia para segurar os preços.
Os chamados cortes “voluntários” de membros importantes, incluindo a Arábia Saudita e a Rússia – que totalizam cerca de 2 milhões de barris por dia – expirariam no final de junho.
Essas restrições se somaram a um acordo anterior de todo o grupo que limita a produção de petróleo e que vigora até o final deste ano. A aliança também concordou em prolongar esse acordo até o final de 2025, de acordo com um comunicado no site da Opep.