Elevação de custos

Ambev (ABEV3): mercado se divide sobre lucro

O BofA colocou o preço-alvo da Ambev (ABEV3) para R$ 15,50, equivalente a uma valorização de 38,4%

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Foto: Divulgação/Ambev

Os efeitos da maior concorrência e da elevação de custos das matérias-primas sobre o lucro da Ambev (ABEV3) dividem opiniões de analistas. O BofA (Bank of America) manteve a recomendação de “compra”, aguardando uma valorização de mais 30%, ao passo que a XP Investimentos rebaixou sua avaliação de “compra” para “neutra”.

O BofA colocou o preço-alvo da Ambev (ABEV3) para R$ 15,50, equivalente a uma valorização de 38,4% em relação ao fechamento de quarta-feira (19). No ano, as ações da fabricante de bebidas acumulam uma queda de 18,3%.

Os analistas observam o desconto sobre as ações da companhia exagerado e dissociado dos pares globais. No momento, as ações da Ambev são negociadas a um múltiplo P/L (preço/lucro) de 11,8%, ou seja, 30% menor que a média histórica.

Esse desconto é maior que a média das empresas de bebidas, que é de 11%.

“Acreditamos que parece exagerado, uma vez que as revisões dos lucros se estabilizaram e que a execução (da estratégia da empresa) é melhor do que 5, 10 anos atrás”, avaliaram analistas, de acordo com o “InfoMoney”.

Ambev (ABEV3): ações recuam após balanço do 1T24

As ações da Ambev (ABEV3) operaram em queda, chegando a recuar 4,52%. A derrocada veio após a companhia divulgar seu balanço do primeiro trimestre de 2024, com um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, correspondendo a uma queda de 0,04% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Próximo ao final da tarde, os papéis da Ambev (ABEV3) registravam queda de 3,65%, cotados a R$ 12,15.

Para os analistas do BTG Pactual (BPAC11), o resultado da empresa foi equilibrado, com “coisas boas e ruins”. Os especialistas acreditam que o crescimento da inflação na Argentina acabou afetando negativamente as vendas da organização no país, consequentemente, potencializando a queda de 12% nas vendas na América do Sul.