Disputa

Herdeiros da Casas Bahia (BHIA3): Saul Klein alega fraude em assinaturas

O empresário entrou na Justiça pedindo que um perito examine a autenticidade das assinaturas de seu pai em documentos das empresas do Grupo

Foto: Reprodução
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Saul Klein, um dos 4 filhos de Samuel Klein, fundador da Casas Bahia (BHIA3), entrou com um pedido na Justiça para nomear um perito grafotécnica que examine a autenticidade das assinaturas de seu pai em documentos das empresas do grupo.

Saul havia acusado Michael Klein, seu irmão mais velho, de falsificar a assinatura do pai com o objetivo de aumentar sua parte na herança após a morte de Samuel, em 2014. 

Porém o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o inquérito policial fosse arquivado. Sendo assim, a estratégia atual de Saul é comprovar que as assinaturas de Samuel nos documentos são falsas. 

Dessa forma, a distribuição da herança poderia ser revista sem responsabilizar Michael ou qualquer outra pessoa. Além disso, Saul contestou os valores, dizendo que giram em torno de R$ 3 bilhões e não R$ 500 milhões, de acordo com o “Painel S.A” da “Folha de S. Paulo”.

Os novos procedimentos buscam simplesmente declarar a inexistência jurídica dos atos fraudulentos, disseram os advogados de Saul, Ricardo Zamariola e Kátia Vilhena Reina.

Casas Bahia (BHIA3): em meio a desafios, ação ainda vale a pena?

As ações ordinárias das Casas Bahia (BHIA3) estão entre as preferidas na carteira dos investidores brasileiros. De acordo com o dado revelado pela B3, obtidos pela reportagem, entre as ações mais aplicadas está o ticker BHIA3.

O curioso é notar que essa investida nas ações da varejista se dá em meio a um cenário de e recuperação extrajudicial. Não bastando, a companhia pertence ao setor cujo desempenho tem sido fortemente afetado pelo cenário econômico nacional nos últimos anos.

O analista Hulisses Dias, destaca ao BP Money que no último trimestre do ano passado, houve um otimismo no mercado devido à redução da Taxa Selic e às perspectivas positivas para 2024. No entanto, os primeiros meses de 2024 alteraram esse cenário. 

“Mesmo com a Selic baixando no ano, os juros futuros sobem forte e o ciclo de redução foi interrompido pelo BC na última reunião. Essa conjuntura torna o cenário de recuperação da Casas Bahia cada vez menos provável”, disse.

Dias recomenda cautela ao investir no setor varejista e sugere que, no momento, há empresas em outros setores menos arriscados com ações negociando a preços atrativos.