Mesmo com a forte liquidação que tinge os mercados de criptoativos, gerando perdas aos detentores da maioria dos principais tokens, uma parte incomum vislumbrou uma oportunidade de adquirir ether (ETH) no momento de queda.
Uma carteira de blockchain ligada a um hacker que realizou um grande roubo de criptomoedas há cerca de dois anos trocou uma parte de seus ganhos ilícitos por ether (ETH) nesta segunda-feira (5). O movimento ocorre mesmo com o segundo maior token do mundo despencando até 23% na sessão.
Nomad, um protocolo chamado de “ponte” (bridge) que é usado para transferir criptomoedas entre diferentes blockchains, perdeu quase US$ 200 milhões por conta de uma exploração de segurança em 2022, de acordo com informações do “Valor”.
Além disso, dados de blockchain mencionados pela empresa de segurança PeckShield apontam que o hacker trocou US$ 39,75 milhões em DAI, uma stablecoin, para adquirir 16.892 tokens ether no momento em que ele desvalorizava.
Criptomoedas: Ether e Bitcoin batem recordes nesta segunda-feira
As criptomoedas estão reportando ganhos em meados de março. O Ether (ETH) retratava alta de 4,02%, a US$ 4.050, ao passo que o Bitcoin (BTC), crescia 4,49%, cotado a US$ 72.387.
Com o resultado, as duas criptomoedas acabam de bater máximas históricas. O BTC já vem registrando altas consecutivas nas últimas semanas.
O ETH, por sua vez, tem sido impulsionado pela sua nova atualização, que, segundo especialistas, agilizará o processo e reduzirá custos. Essa melhora deve ser refletida no preço do ativo.
O que muda com atualização do ETH?
A terceira grande atualização da Ether (ETH) se chama Dencun e está prevista para ocorrer em 13 de março. Em 2022, o projeto passou por fortes mudanças com a Merge (fusão), que alterou o seu mecanismo de mineração (desenvolvimento de criptoativos).
Já em 2023, Shanghai possibilitou que os investidores do ativo secassem criptomoedas bloqueadas previamente.
“Nesta atualização, os principais focos de aprimoramento são a escalabilidade e o custo. Ou seja, aumentar a capacidade de transações e reduzir o preço pago por transação. Com essa mudança, as blockchains de segunda camada ganharão mais espaço para registrar suas transações e terão o tempo [de transação] e o custo reduzidos”, declarou, ao InfoMoney, o CEO e fundado da Dynasty Global, Eduardo Carvalho.