Pré-mercado

Café com BPM: mercados globais sobem  à espera de CPI dos EUA

Com o PPI abaixo das expectativas, o CPI de julho pode impulsionar as apostas no crote de juros pelo Fomc

Foto: Canva
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As bolsas globais iniciam, no pré-mercado desta quarta-feira (14), com ganhos majoritários e os investidores aguardando ansiosamente a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, especialmente após o índice de preços ao produtor (PPI) ter surpreendido ao ficar abaixo das expectativas.

Com o índice de preços ao produtor (PPI) abaixo das expectativas, o índice de preços ao consumidor (CPI) de julho pode impulsionar as apostas em um corte de 50 pontos-base na taxa de juros pelo Fomc em setembro. 

As probabilidades desse corte aumentaram, chegando a 53,5% no CME Group, em comparação a 46,5% para uma redução de 25 pontos-base. Isso dependerá se os dados do CPI também mostrarem um ritmo acelerado de desinflação. 

A pesquisa da Bloomberg aponta para uma mediana de 0,2% no núcleo do CPI, com uma taxa anual de 3,2% (comparado aos 3,3% até junho). 

Os participantes do mercado estarão atentos para ver se esses dados podem influenciar o Federal Reserve (Fed) a considerar cortes nas taxas de juros em setembro. O indicador poderá fornecer alguma orientação para os mercados financeiros, que continuam incertos após a volatilidade significativa da semana passada.

O resultado será divulgado às 9h30. Antes disso, às 9h, o IBGE divulga as vendas no varejo, que devem cair 0,1% em junho, segundo a mediana do Broadcast, após uma alta de 1,2% em maio. 

Em Brasília, o Senado vota nesta quarta-feira o projeto de lei sobre a renegociação da dívida dos Estados, a desoneração da folha e o Refis das dívidas previdenciárias dos municípios.

EUA

Os investidores receberam uma boa notícia recentemente, com o PPI revelando uma inflação mais fraca do que o esperado. O relatório do CPI de hoje pode provocar reações similares no mercado durante a próxima sessão.

No entanto, mesmo se o relatório do CPI vier abaixo das expectativas, pode não ser suficiente para tranquilizar os investidores que estão preocupados com os sinais recentes de enfraquecimento do mercado de trabalho dos EUA.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,10%

S&P 500 Futuro: +0,01%

Nasdaq Futuro: -0,06%

Bolsas asiáticas

Na Ásia-Pacífico, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, impulsionadas pela decisão do Banco da Reserva da Nova Zelândia de reduzir as taxas de empréstimo de referência e pelo anúncio do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, de que deixará o cargo em setembro.

Kishida anunciou que não buscará um segundo mandato como líder do Partido Liberal Democrata, no poder há muito tempo, nas eleições de setembro.

O iene se estabilizou após um fortalecimento anterior, aproximando-se da marca de 146 por dólar.

Shanghai SE (China), -0,60%

Nikkei (Japão): +0,58%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,35%

Kospi (Coreia do Sul): +0,88%

ASX 200 (Austrália): +0,31%

Bolsas eupeias

Os mercados europeus operam com ganhos enquanto os investidores acompanham de perto os dados de inflação dos EUA e do Reino Unido.

A inflação no Reino Unido subiu para 2,2% em julho, um pouco abaixo dos 2,3% previstos pelo consenso LSEG, mas ainda acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra.

Enquanto isso, o banco suíço UBS registrou um aumento de 1% nas negociações iniciais, após superar significativamente as previsões de lucro líquido para o segundo trimestre.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,42%

DAX (Alemanha): +0,36%

CAC 40 (França): +0,66%

FTSE MIB (Itália): +0,96%

STOXX 600: +0,38%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (13) com alta de 0,98%, aos 132.397,97 pontos. O dólar comercial caiu 0,84%, a R$  5,44.

O Ibovespa chegou a um patamar de pontuação que não alcançava desde janeiro deste ano, consagrando a 6ª alta consecutiva, isto por conta do ânimo causado por alguns resultados trimestrais, além de perspectivas sobre política monetária brasileira.

Radar corporativo

Após quatro anúncios de adiamento, o mercado aguarda ansioso a divulgação dos resultados referentes ao quarto trimestre de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024 da Americanas (AMER3).

O cenário de recuperação judicial e um rombo contábil estimado em R$ 40 bilhões dificultam a visão de uma “luz no fim do túnel” para a empresa”, segundo Pedro Marcatto, operador de renda variável da B.Side Investimentos.

Agenda do dia

Indicadores
▪️ 03h00 – Reino Unido/ONS: CPI e Núcleo do CPI de julho
▪️ 06h00 – Zona do euro/Eurostat: Produção industrial de junho
▪️ 06h00 – Zona do euro/Eurostat: 2ª leitura do PIB/2TRI
▪️ 09h00 – IBGE: Varejo restrito e Varejo ampliado de junho
▪️ 09h30 – EUA/Deptº do Trabalho: Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e Núcleo do CPI de julho
▪️ 11h30 – EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 9/8
▪️ 16h00 – Argentina/Indec: inflação ao consumidor (CPI) de julho
▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
▪️ 20h50 – Japão/Stat: PIB preliminar do 2TRI
▪️ 23h00 – China/NBS: produção industrial e vendas no varejo de julho

Eventos
▪️ Senado vota projeto de lei que trata da dívida dos Estados e texto da desoneração da folha
▪️ Câmara vota destaques do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária

Balanço
▪️ B3/manhã: BTG Pactual e Gol
▪️ B3/noite: BRF, Cosan, Equatorial, IRB, Marfrig, Oi, Petz, Rumo e SLC Agrícola