Novos capítulos

Americanas (AMER3) tem perdas de R$ 17 bi e ação cai para centavos

A Americanas (AMER3) está em recuperação judicial desde janeiro de 2023, após fraudes contábeis da ordem de R$ 20 bilhões

Americanas/ Foto: Reprodução
Americanas/ Foto: Reprodução

A crise da Americanas (AMER3) agora ganha novos capítulos, com dados divulgados na última quinta-feira (15), revelando a dimensão do rombo da operação: a empresa teve um prejuízo acumulado de R$ 17 bilhões durante dois anos e meio, em 2022, 2023 e no primeiro semestre deste ano. 

A Americanas (AMER3) está em recuperação judicial desde janeiro de 2023, após fraudes contábeis da ordem de R$ 20 bilhões pelo então CEO Sergio Rial terem sido reveladas. 

Ainda na quinta-feira, a ações da empresa chegaram a registrar queda de mais de 50%, sendo negociadas a R$ 0,14, após alcançar uma mínima histórica de R$ 0,09 durante o pregão. 

A desvalorização acentuada refletiu a estratégia de bancos credores e outros investidores de zerar a posição acionária no primeiro dia em que puderam fazê-lo, com o fim do “lockup” previsto no plano de recuperação judicial. Essas participações haviam sido herdadas justamente como parte do plano, conforme informações da “Bloomberg”.

Americanas (AMER3): cenário dificulta “luz no fim do túnel”

Após quatro anúncios de adiamento, o mercado aguarda ansioso a divulgação dos resultados referentes ao quarto trimestre de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024 da Americanas (AMER3).

O cenário de recuperação judicial e um rombo contábil estimado em R$ 40 bilhões dificultam a visão de uma “luz no fim do túnel” para a empresa, segundo Pedro Marcatto, operador de renda variável da B.Side Investimentos.

De acordo com Marcatto, o patrimônio líquido negativo da empresa é o que indica a pior imagem do balanço que está por vir. Neste caso, a companhia tem mais obrigações do que direito e, mesmo que todos os ativos fossem liquidados, ainda teriam passivos a serem cumpridos, explicou.