O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o esforço, nas linhas de receitas, para cumprir a meta fiscal prevista no arcabouço para 2025 será menor que o observado para 2024.
“Temos um projeto consistente, não vamos abrir mão do compromisso com a meta fiscal. Não existe o que fazer além de seguir no mesmo projeto que se iniciou no ano passado”, afirmou Durigan, durante evento BTG Pactual (BPAC11).
“Novas medidas de receita vão vir em intensidade menor que no ano passado. É preciso também que se siga com medidas do lado da despesa, mas sem tapar o sol com a peneira”, acrescentou Durigan sobre o governo anunciar novas medidas de arrecadação para fechar a meta fiscal de 2025.
O secretário não sinalizou quais medidas seriam, mas afirmou que o governo irá detalhá-las na apresentação do PLOA (Projeto de Orçamento Anual) de 2025, no fim de agosto.
Além disso, diante da frustração com o andamento dos processos do Carf, disse ele, que tem causado menor entrada de receita que o esperado, o governo deverá reduzir a expectativa com a arrecadação com essa medida também em 2025, de acordo com o “Valor”.
Durigan reiterou o compromisso com a meta fiscal deste ano e que, se aprovada a compensação das desonerações de 2024, o governo terá total condição de cumprir a meta.
O impacto somado das desonerações com folhas de pagamentos dos municípios, setores e Perse já atingiu R$ 40 bilhões, segundo ele, enquanto o contingenciamento foi de R$ 3,8 bilhões. “Compensados estes valores, temos total condição”, reafirmou.
Governo tem meios para cumprir a meta fiscal, diz Planejamento
Gustavo Guimarães, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, afirmou nesta segunda-feira (19) que a equipe econômica do governo federal tem todas as ferramentas necessárias para cumprir a meta fiscal de 2024 de déficit zero.
O cumprimento da meta pelo governo Lula pode ocorrer, ainda que dentro do intervalo de tolerância, em um cenário sem riscos inesperados ou choques muito fora da curva, segundo a explicação de Guimarães.
“Além do bloqueio e do contingenciamento, a gente fez essa dosagem da despesa pública ao longo do ano, usando todos esses instrumentos, para a gente ter certeza e garantia que consegue chegar até o final do ano cumprindo a meta estabelecida para este ano”, afirmou em uma apresentação promovida pelo Bradesco Asset, segundo o “InfoMoney”.