O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou apoio para cobrir prejuízos causados pelo apagão na Grande São Paulo nesta sexta-feira (18). A linha de crédito valerá para empresas e não terá impacto nas contas públicas, confirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nesta sexta-feira (18).
O ministro afirmou que o governo vai usar R$ 150 milhões em recursos já disponíveis do FGO (Fundo Garantidor de Operações) para alavancar até R$ 1 bilhão em créditos de bancos a empresas afetadas pela falta de energia após o temporal de sexta-feira da semana passada (11).
Espera-se que cerca de 380 mil empresas da Região Metropolitana de São Paulo tiveram prejuízos com o apagão.
Caso as empresas consigam comprovar que o apagão lhe rendeu prejuízo elas poderão recorrer ao Pronampe, linha de crédito com taxas mais baixas voltada a micro e pequenos negócios.
Uma prorrogação de 60 dias para pagamento de dívidas poderá ser solicitada pelas empresas sediadas em áreas que ficaram sem energia no Pronampe – neste caso sem a necessidade de comprovação de que tiveram prejuízos pelo apagão.
Haddad esclareceu que a linha de crédito valerá apenas para as empresas, e não incluirá ajuda financeira às famílias. “A linha do Pronampe é só para a atividade econômica”, disse o ministro.
Haddad: crédito para empreendedores aumentará o PIB potencial
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), comentou que o crédito para empreendedores anunciado nesta sexta-feira (18) pelo governo federal deve aumentar o PIB (Produto Interno Bruto) potencial do Brasil.
“A questão do crédito vai colocar mais um tijolinho no nosso PIB potencial. Em vez de crescermos 3%, vamos botar mais um pouquinho”, afirmou Haddad durante o relançamento do programa Acredita no Primeiro Passo, em São Paulo. O programa Acredita concede crédito e renegocia dívidas de pequenos negócios.
Enquanto isso, Guilherme Mello, Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, afirmou que a reforma tributária e a recuperação do investimento no país devem permitir à economia brasileira crescer de 3% a 3,5% sem pressionar a inflação, segundo a “CNN Brasil”.
Haddad disse também que a economia do Brasil tem condições de crescer de forma sustentável nos próximos anos. O governo estima que a reforma tributária será responsável por fazer o PIB crescer 0,5 ponto percentual.
“A gente não quer crescer 3% esse ano para crescer 1% no ano que vem. Temos que voltar a crescer de forma sustentável. As condições estão dadas. Temos um trabalho pela frente”, pontuou o ministro.
Lançado por meio de uma MP (Medida Provisória) em abril deste ano, o Acredita perdeu a validade e as operações de crédito e de renegociação de dívidas foram suspensas em agosto.
O texto da MP foi transformado em projeto de lei, este que recebeu aprovação em setembro e foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 10 de outubro. Segundo o Ministério da Fazenda, há 20 milhões de CNPJs ativos no Brasil.