O número de indiciados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado pode aumentar. Na semana passada, a PF (Polícia Federal) enviou o relatório final da investigação ao STF (Supremo Tribunal Federal) e indiciou 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ministro Alexandre de Moraes decidiu, na terça-feira (26), retirar o sigilo dos autos e enviar a investigação para a análise da PGR (Procuradoria-Geral da República). No texto, a PF aponta que, em relação a outros investigados, para assegurar o pleno exercício da ampla defesa, “o juízo técnico-jurídico de indiciamento será realizado após as respectivas oitivas”.
Um dos casos é o do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, preso na semana passada com outros militares sob a suspeita de participar do plano para assassinar Moraes. Ele não está entre os indiciados porque, até o momento, não teria prestado depoimento sobre os fatos. As informações são do Valor Econômico.
Contudo, o relatório final da PF afirma que há indícios contra ele. “Os elementos de prova apresentados são convergentes para demonstrar a participação do militar ‘Kid Preto’ Rodrigo Bezerra de Azevedo na ação clandestina do dia 15/12/2022, que tinha o objetivo de prender/executar o ministro Alexandre de Moraes.”
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O relatório da PF (Polícia Federal) sobre o inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil, em 2022, que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, tornou público na terça-feira (26), indicou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “planejou, atuou e teve o domínio” das ações do grupo criminoso que pretendia impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e abolir o regime democrático no País.
Bolsonaro e outros 36 investigados foram indiciados pela PF por envolvimento na suposta tentativa de golpe, na quinta-feira (21).
Bolsonaro e os demais foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado e organização criminosa.
A lista inclui os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, que também fez parte da chapa eleitoral do ex-presidente em 2022, como candidato a vice-presidente.
