Os leilões diários de rolagem de U$ 14,0 bilhões em swaps cambiais tradicionais serão iniciados a partir de terça-feira (21), informou o BC (Banco Central). O prazo de expiração será em 5 de março e será ofertado um total de 279.630 contratos.
A nota do BC também informou que os lotes ofertados poderão ser alterados a cada dia, como de costume, e que as propostas acatadas podem eventualmente ser inferiores à oferta, porém, isso dependerá das condições de demanda, sem prejuízo do objetivo de rolagem integral do vencimento.
O BC ofertará 15 mil contratos na primeira operação, na terça-feira, das 11h30 às 11h40, visando a rolagem de março, consta em comunicado da autarquia, segundo a “Reuters”.
No contrato de swap cambial tradicional, o título paga ao comprador a variação da taxa de câmbio acrescida de juros. Em troca, o BC recebe a variação da taxa Selic. A operação equivale à injeção de dólares no mercado futuro.
BC: política de juros caminha para nível ‘bastante contracionista’
Diogo Guillen, o diretor de Política Econômica do Banco Central, disse nesta segunda-feira (13) ter pouca dúvida de que a política de juros da autarquia está em patamar contracionista e trilha um caminho “bastante contracionista”.
Guillen afirmou, durante evento do Bradesco Asset, que ainda é cedo para a discussão sobre o eventual momento que o BC irá parar o ciclo de alta nos juros. Em sua avaliação, esse é um tópico delicado em que a confiança de estar colando a inflação na meta guia o BC.
O diretor da autarquia explicou que o dinamismo do consumo das famílias, impulsionado por gastos do governo, e o desempenho do crédito podem ser tratados como elementos mitigadores da política monetária, mesmo que a Selic (taxa básica de juros) esteja atualmente em 12,25% ao ano.
Guillen avaliou ser importante que os canais de transmissão da política monetária para os preços tenham fluidez para que a inflação seja levada à meta, de acordo com a “CNN”.
“Tenho pouca dúvida de que a gente está contracionista e está indo para bastante contracionista, quanto a isso tenho pouca dúvida”, destacou o diretor do BC.
Por fim, Guillen também disse não acreditar que tenha havido uma mudança radical na taxa neutra de juros no país — que não estimula nem retrai a atividade.E ressaltou que o BC tem os instrumentos para levar a inflação à meta.