Verba para STF

Lula libera MP com R$ 27 milhões para STF reforçar segurança

Recursos para segurança foram pedidos pelo presidente do STF para nomeação de policiais e compra de equipamentos, como um sistema antidrone

Foto: Edu Mota / Brasília
Foto: Edu Mota / Brasília

Atendendo a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, o governo federal liberou um total de R$ 27,5 milhões para que o STF reforce principalmente o aparato de segurança do seu edifício-sede, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

A verba foi liberada por meio de medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que foi publicada pelo Diário Oficial nesta quinta-feira (17).

O crédito extraordinário de R$ 27,5 milhões foi autorizado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, e assinado também pela ministra Simone Tebet.

A reivindicação de verba extra feita pelo STF foi decidida em julgamento virtual realizado no mês de dezembro de 2024.

Na ocasião, foi constatada a necessidade de reforço na segurança do STF, após o atentado ocorrido em novembro de 2024 na Praça dos Três Poderes.

O atentado se deu quando quando um homem atirou artefatos explosivos e se matou em frente ao prédio-sede do órgão.

Governo atende pedido por segurança

O crédito extraordinário por meio de MP é justificado pelo governo federal para aplicação no “programa de gestão e manutenção do Poder Judiciário”.

Com os recursos, o STF pretende nomear mais 40 agentes que serão incorporados à Polícia Judiciária.

Os agentes devem ser selecionados entre aprovados em concurso recente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília.

Também serão adquiridos pelo Supremo Tribunal Federal drones, assim como devem ser instaladas câmaras termais e novas guaritas.

Uma parte significa da verba será usada para que o STF adquira um sistema anti-drone, para detectar, identificar, neutralizar ou controlar drones não autorizados que possam representar uma ameaça ao espaço aéreo da Corte.

Somente para a obtenção dessa tecnologia antidrone pelo STF está sendo previsto o gasto de R$ 12 milhões.

Outro gasto significativo será feito para a compra de 19 conjuntos de aparelhos de raio-X e pórticos detectores de metais (R$ 5,7 milhões).

Há ainda previsão para gastos com munições, um espectrômetro de massa, coldres e porta carregadores e a compra de rádios comunicadores.

Precaução contra ameaças

Depois da tentativa de atentado feita pelo “homem-bomba” e outras ameaças à sede do Supremo, a Secretaria de Polícia Judicial comunicou ao ministro Barroso a necessidade de reforçar as atividades da unidade.

O presidente do STF recebeu um estudo que mostra o cenário de segurança do tribunal depois do atentado de novembro.

O estudo defende a necessidade de reforço do efetivo de agentes e de compra de equipamentos para mitigar os riscos ao prédio-sede.

O ataque de 13 de novembro, aliás, não foi um caso isolado. Desde 2019, o STF e seus ministros vêm sendo alvos frequentes de ameaças, agressões verbais e campanhas de deslegitimação.

Durante os atos de 8 de janeiro de 2023, a sede da Corte foi invadida e depredada, inegavelmente um dos episódios mais graves contra a democracia.

Os ataques e ameaças, segundo o STF, visam, sobretudo, ministros que atuaram diretamente em investigações envolvendo o bolsonarismo, como Alexandre de Moraes, Edson Fachin e o próprio Barroso.

O recrudescimento das ameaças elevou o nível de alerta da segurança institucional da Corte, e a verba destinada por MP visa atender a essa necessidade.