Votação simbólica

Senado ratifica projeto da Câmara e derruba decreto do governo que aumentava IOF

A discussão ocorreu com a presença de poucos parlamentares em plenário, em razão do esvaziamento típico do período de festas juninas

Foto: Senado Federal/Reprodução
Foto: Senado Federal/Reprodução

Menos de duas horas após a aprovação na Câmara dos Deputados, o projeto que exclui os efeitos do decreto do governo federal que aumentava as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) também foi aprovado pelo Senado, na noite desta quarta-feira (25). A matéria agora será promulgada e publicada no Diário Oficial da União.

Com a publicação, o decreto 12.499/25 — editado pelo governo para modificar os decretos anteriores sobre as alíquotas do IOF — terá seus efeitos cancelados.

Mesmo com a derrubada do decreto, os recursos arrecadados durante sua vigência, desde 22 de maio, não serão devolvidos e farão parte do esforço de arrecadação da equipe econômica para o cumprimento das metas do novo arcabouço fiscal.

A derrubada do decreto restabelece as regras do IOF vigentes antes da publicação da primeira mudança, em maio. Com isso, voltam a valer as alíquotas cobradas anteriormente.

“Como medida de segurança jurídica, inclusive para a atuação da administração fazendária e para a cobrança regular do imposto, o substitutivo prevê expressamente o restabelecimento da redação do Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, vigente anteriormente às alterações promovidas pelos três decretos sustados”, afirmou o relator no parecer, segundo o Bahia Notícias.

Aprovação do PDL 214/2025

No Senado, a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 214/2025 — de autoria do deputado Zucco (PL) — ocorreu por votação simbólica. Ao projeto foram apensadas outras 14 propostas com o mesmo objetivo.

A discussão ocorreu com a presença de poucos parlamentares em plenário, em razão do esvaziamento típico do período de festas juninas.

Durante a sessão, senadores da oposição defenderam a proposta e criticaram a equipe econômica do governo por propor aumentos de impostos. Eles afirmaram que o IOF não tem, originalmente, finalidade arrecadatória, mas regulatória.