
A Polícia Civil de São Paulo encontrou um laboratório clandestino, em São José dos Campos (SP), usado para adulterar bebidas. O suspeito, segundo as investigações, comprava garrafas de uísque de até R$ 4 mil, adulterava e vendia por preço similar para não levantar suspeitas. Informações do Estadão Conteúdo, via Infomoney, e da Agência Brasil
O suspeito foi preso nesta terça-feira (14), durante uma operação contra a rede criminosa envolvida na produção e venda de bebidas adulteradas com metanol. No total, a operação Operação Poison Source (Fonte do Veneno, em inglês) prendeu seis pessoas, uma delas por porte de arma e falsificação. A ação é coordenada pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
“Esse indivíduo adquiria garrafas de bebidas de renome, marcas que custam de R$ 3 a 4 mil. Então, ele comprava por 10% do valor da garrafa original. Eram enviados também os lacres, as tampinhas falsas, tudo isso. A partir disso, ele tinha as bombonas de uísque e de outras bebidas falsas e ele fazia de uma forma manual, botava o funil, colocava aquela bebida falsa, fechava, lacrava e revendia”, explicou a delegada Leslie Caran Petrus, coordenadora da operação.
Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão cumpridos nas cidades de São Paulo, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara. De acordo com o delegado-geral de Polícia de São Paulo, Arthur Dian, disse que desses 20 locais, 13 tinham bebidas supostamente adulteradas.
O objetivo da operação é localizar e apreender produtos, maquinários e materiais utilizados para a produção de bebidas falsificadas. Além disso, os oficiais buscam celulares, documentos e outros objetos que possam auxiliar na identificação dos envolvidos e na comprovação de crimes.
Crise do Metanol
Atualmente, o Brasil registra 32 casos confirmados de intoxicação por metanol, segundo dados do Ministério da Saúde na segunda-feira (13).
Há também 181 ocorrências em investigação e 320 suspeitas descartadas. Foram confirmadas cinco mortes, todas no estado de São Paulo – três na capital, uma em São Bernardo do Campo e outra em Osasco.
São Paulo segue sendo o estado com o maior número de ocorrências confirmadas de intoxicação por metanol, 100 em investigação, com 23 notificações.