O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta segunda-feira (20), que o governo Lula vai terminar o terceiro mandato com o menor déficit público desde 2015. Declaração foi feita durante o evento de lançamento do programa “Reforma Casa Brasil”. Informações via Valor Econômico.
Haddad afirmou que o governo optou por “diminuir o déficit público no Brasil cortando dos empresários, não de quem precisa de moradia, que vive de de salário mínimo ou aposentado.”
“Vimos espaço para cortar o gasto tributário, de quem mora na cobertura e não paga condomínio”, falou o ministro em seu breve discurso.
O ministro afirmou ainda que Lula terminará o mandato com a menor inflação acumulada da história e a menor taxa de desemprego acumulada em quatro anos.
Votação da LDO de 2026 é adiada novamente a pedido do governo
A CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso Nacional adiou, mais uma vez, a votação do Projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026.
A reunião para análise do texto estava prevista para a manhã desta terça-feira (21), mas foi adiada a pedido do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Executivo busca alternativas para elevar a arrecadação após a Câmara dos Deputados ter derrubado a MP (Medida Provisória) que previa mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Ainda não há consenso sobre quais medidas serão adotadas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se dispôs a auxiliar o governo na formulação e tramitação das novas propostas.
De acordo com o presidente da CMO, senador Efraim Filho (União-PB), o governo solicitou o adiamento “devido às incertezas sobre o aumento de impostos e às dificuldades em promover cortes de gastos”. Ainda não há nova data definida para a votação.
Votação pode ficar para novembro
Com a aprovação da matéria pela comissão, a LDO poderia ser apreciada em sessão conjunta do Congresso já nesta semana.
No entanto, integrantes da CMO avaliam que a votação deve ficar para novembro.
Aliados do governo acreditam que os mesmos parlamentares que contribuíram para a derrubada da MP sobre o IOF podem apoiar outras medidas de aumento de receita.
O objetivo é evitar um contingenciamento de emendas e garantir a votação da LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2026 ainda este ano, condição necessária para liberar o pagamento das emendas no início do calendário eleitoral.