'Usamos a Europa como ponto de partida', diz diretor da Amávia

A  Amávia Cosméticos é uma empresa de cosméticos capilar comprometida em oferecer produtos de alta qualidade destinados aos mais variados tipos de cabelo. Com distribuidores estrategicamente posicionados em várias localidades do país e investimentos em tecnologia e capacitação de seus profissionais, vem se destacando pela qualidade dos produtos, pelo privilégio de ter clientes fidelizados e pelos resultados que as mercadorias apresentam.

Para explicar o sucesso da empresa e descobrir quais são os próximos passos de uma das líderes do mercado, a BP Money conversou com Antonio Carlos Nunes,diretor comercial da Amávia.

Confira a entrevista na íntegra:

Antes de construir seu negócio, você revendia produtos. Como foi o processo de deixar de ser revendedor para se tornar fundador de uma empresa própria? 

Na verdade, iniciei meu trabalho como distribuidor de Cosméticos no Rio de Janeiro. Durante 12 anos fui distribuidor de três grandes indústrias do Brasil em momentos distintos e o que me levou a criar meu próprio negócio foi a falta de qualidade nos produtos e processos, visão comercial, dedicação e respeito ao consumidor nessas empresas as quais fui parceiro. 

Reunimos-nos algumas vezes em busca de ajustar a empresa a essas exigências básicas do mercado, porém sem sucesso. Após 12 anos de tentativas frustradas, resolvi partir para o negócio próprio, imaginando que se realmente tinha a visão correta e eles não confiavam, então, poderia fazer do meu jeito e obter melhor resultados que tiveram. E assim aconteceu. Tudo o que lhes havia solicitado na época e foi recusado eu executei na Amávia e deu muito certo, a ponto de cinco anos depois já alcançarmos a liderança do mercado nesse segmento.

A Amávia foi fundada em 2011, e desde lá vocês já contam com quase 100 franquias espalhadas por todo Brasil. Qual diferencial levou a empresa a atingir esse patamar e quais as maiores dificuldades enfrentadas até hoje? 

Algumas atitudes e decisões realmente fizeram a diferença para esse resultado. Entre elas:
estudos e atualizações constantes sobre o mercado e comportamento do consumidor; acompanhamento e desenvolvimento dos vários canais de vendas e mudanças no comportamento de compra do consumidor; adequação do mix e qualidade superior voltado à solução do problema do consumidor. Essas foram as principais decisões e investimentos que fizemos no primeiro momento com nossa Amávia.

Para a empresa que fará 10 anos no mercado, as dificuldades são etapas de desenvolvimento, porém as que mais pesam são o fato de termos mais de 80% da matéria prima importada; baixa tecnologia no Brasil para desenvolver matéria prima; altos impostos, que são na maioria bi, tri, tributado e a grande dificuldade em acesso a capital com taxas justas.

Segundo informações já divulgadas, a Amávia realiza investimentos em tecnologia para aprimorar ainda mais seus processos. Em quê exatamente vocês investem? E quando notaram a necessidade de investir para elevar o desempenho da companhia? 

As necessidades de investimento em tecnologia sempre estiveram em nosso radar, porém tínhamos que respeitar nossa limitação financeira. Por isso, no primeiro momento adquirimos da Europa os melhores maquinários disponíveis no mercado.
 
Após cinco anos de existência e em melhores condições, iniciamos um grande investimento em plataformas digitais, sistemas de gerenciamento/processos para indústria, comercial e logística, e não paramos mais. Hoje somos uma empresa Omnichannel. Isso também elevou o valor percebido e desempenho de nossa companhia, que automaticamente se ajustou em um novo patamar de mercado.