Por: Frederico e Yara Gouveia*
Alguns investidores estão com receio de aplicar suas ações no mercado imobiliário americano por causa do aumento das taxas de juros, mas ao contrário do que muitos pensam, este é o melhor momento para fazer alguns investimentos no setor. Dentre muitos fatores, a diminuição da competitividade e o aumento do poder de barganha são algumas delas. Soma-se a isso, o fato do mercado estar menos aquecido. E quando a procura é mais baixa, as ofertas podem ser mais interessantes, ou seja, é uma ótima oportunidade para investidores que querem negociar melhor seus futuros imóveis com preços mais em conta.
O mercado brasileiro, por sua vez, ainda apresenta um cenário menos favorável que o tráfego americano neste sentido e muitos investidores estão buscando “dolarizar” seus patrimônios. Apesar dos juros altos, este é um momento oportuno para se investir neste tipo de negócio, visto que muitos investidores ainda não entenderam que não é preciso esperar o mercado aquecer para poder fazer suas aplicações.
É preciso entender o comportamento dessas negociações nas diferentes cidades americanas, já que o mercado de Nova York se diferencia de outras regiões como Miami e o restante da Flórida, principalmente por uma questões geográficas e de estoque
Além disso. com a instabilidade no mercado financeiro, cada vez mais investidores estão direcionando suas ações em “tijolos”, isso porque imóveis são bens que não costumam desvalorizar com o passar dos anos e podem ser uma ótima estratégia de investimento, a depender do comportamento das transações imobiliárias, principalmente o americano, que já está voltando a aquecer novamente, depois um período de retração nos últimos anos.
Para se ter uma ideia, o Brasil é o quinto país com mais estrangeiros que investem em imóveis nos EUA – apenas entre abril de 2021 e março de 2022, os brasileiros investiram US$ 1,6 bilhão neste setor, de acordo com dados da National Association of Realtors. Segundo o estudo, o Brasil é o quinto maior emissor de clientes internacionais ao mercado de real estate americano — cerca de 3% dos US$ 59 bilhões em propriedades vendidas —, atrás de China, Canadá, Índia e México.
Uma pesquisa da Reuters feita com 29 analistas do setor, realizada entre 15 de fevereiro e 2 de março, também prevê que os preços médios das residências com base no índice Case/Shiller, que subiram cerca de 6% no ano passado, devem cair 4,5% em 2023, sem aumento em 2024. Isso é um pouco menos do que a queda de 5,6% prevista há três meses.
Vale ressaltar que o mercado americano vivenciou um momento em que com a moeda mais barata, muitos estrangeiros passaram a comprar imóveis para criar uma situação que não se aplica mais atualmente, isso porque há um limite de quantia para que chineses, por exemplo, que precisam declarar valores acima de US$ 10 mil.
É preciso entender que não há momento certo para se fazer um bom investimento. Para um investidor mais estratégico, até mesmo quando o cenário não parece favorável, há maneiras de achar as melhores oportunidades dentro e fora do Brasil.