Recursos minerais

China compra maior reserva de urânio do Brasil por R$ 2 bilhões

A CNT, subsidiária pertencente ao governo chinês, está tomando posse da reserva que é considerada uma das mais promissoras no Brasil, a 107 km de Manaus

China compra reserva de urânio
Área de mineração no Amazonas. Foto: Reprodução

A empresa chinesa CNT (China Nonferrous Trade) comprou a maior reserva de urânio do Brasil, em Pitinga (AM), por US$ 340 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões). A transação foi comunicada na terça-feira (26), em nota da mineradora Taboca ao governo do Amazonas, publicada pelo jornal “O Globo“.

A CNT, subsidiária pertencente ao governo chinês, está tomando posse da reserva que é considerada uma das mais promissoras no Brasil, a 107 km de Manaus. “Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca”, justificou a empresa, na nota.

Alguns parlamentares se preocupam com a venda, uma vez que ela passa para o exterior a gestão de minerais estratégicos para o país. O senador Plínio Valério (PSDB-AM), por exemplo, mencionou restrições à exploração dos recursos naturais a brasileiros, enquanto estrangeiros têm mais liberdade para o usá-los.

A reserva também é abundante em outros recursos, como nióbio, tântalo, estanho e tório, importantes para a indústria de alta tecnologia.

China: ex-presidente de BC é condenado à morte

China impôs uma pena de morte com possibilidade de suspensão ao ex-presidente do Banco da China, Liu Liange, por corrupção, marcando uma intensificação na fiscalização sobre o setor financeiro de US$ 66 trilhões do país. A informação foi divulgada nesta terça-feira (26) pela emissora estatal China Central Television.

A penalidade de Liu inclui um período de suspensão de dois anos e o confisco de todos os seus ativos. A sentença significa que ele pode ser poupado da execução caso se comporte durante esse período.

Liu foi um dos banqueiros mais seniores a ser alvo da ampla repressão à corrupção no setor financeiro, desencadeada pelo presidente Xi Jinping no final de 2021. Sua sentença seguiu a de pelo menos outros dois altos funcionários financeiros em 2024, à medida que Xi avança com sua campanha.

Liu foi investigado em março de 2023. Agora, ele é considerado culpado de ter aceitado mais de 121 milhões de yuans (US$ 17 milhões) em subornos e de ter facilitado ilegalmente a concessão de 3,3 bilhões de yuans em empréstimos, de acordo com o relatório. A informação foi coletada pelo “InfoMoney“.