As taxas de desemprego tiveram alta em 20 das 27 unidades federativas do Brasil no primeiro trimestre de 2024, apontou a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) trimestral, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (17).
Pela classificação do órgão, 12 dessas 20 variações foram consideradas como estabilidade significativa, por estarem dentro da margem de erro da pesquisa.
As maiores taxas de desemprego foram registradas na Bahia (14%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%). Já as menores, em Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%). No estado de São Paulo, o desemprego ficou em 7,4%, enquanto, no Rio de Janeiro, a taxa foi de 10,3%.
A taxa de desocupação por sexo foi de 6,5% para os homens e 9,8% para as mulheres. O resultado por cor ou raça se manteve abaixo da média nacional para os brancos (6,2%) e acima para os pretos (9,7%) e pardos (9,1%).
Como já foi divulgado pelo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil referente ao trimestre encerrado em março foi de 7,9%, ante 7,4% no 4TRI23. O resultado, contudo, representou um recuo de 8,8% na comparação anual.
De acordo com a pesquisa, o índice de decosupação foi puxado pelo aumento no número de pessoas em busca de trabalho, parcela chamada de “população desocupada”, que cresceu 6,7% frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, um aumento de 542 mil pessoas em busca de trabalho.
Apesar da alta, a população desocupada permanece 8,6% abaixo do contingente registrado no mesmo trimestre móvel de 2023.
Outro fator que incidiu no aumento da taxa de desocupação, segundo o IBGE, foi a redução da população ocupada do país. Esse contingente caiu 0,8% na comparação trimestral, embora tenha permanecido 2,4% acima do número de trabalhadores encontrados pela PNAD Contínua no primeiro trimestre de 2023.
Apesar da alta na comparação trimestral, essa taxa de desocupação foi a menor já registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014, quando chegou a 7,2%.