A PF (Polícia Federal) suspeita de lavagem de dinheiro na operação que envolveu a compra de uma mansão de R$ 22 milhões, que posteriormente, foi demolida, anexada e transformada em um jardim para a casa do advogado Nelson Wilians, conhecido por ter feito a defesa de Rose Miriam, mãe dos filhos do ex-apresentador Gugu, na disputa judicial pela herança deixada.
O negócio também envolveu o empresário Maurício Camisotti, suspeito de controlar três entidades da farra dos descontos indevidos sobre aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), foi revelado pelo portal de notícias Metrópoles.
O advogado é investigado pela PF por suspeita de lavar dinheiro do empresário Camisotti proveniente da farra do INSS.
A suspeita foi levantada pela PF ao pedir a prisão de Nelson Wilians e Maurício Camisotti no âmbito da Operação Cambota, desdobramento da Sem Desconto, que investiga a farra do INSS.
O requerimento foi aprovado pelo ministro do STF, André Mendonça, para o empresário. Mas, foi negado para o advogado.
Na mesma operação, foi preso também o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”.
Ainda segundo o portal, o empresário havia adquirido por R$ 22 milhões, uma mansão no Jardim Europa, bairro nobre da capital paulista. A mansão da família comprada por Camisotti era da família do falecido empresário Abílio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar, e vizinha à de Wilians. A mansão foi demolida, teve as cercas retiradas, e o terreno acabou sendo anexado ao jardim da casa do advogado. O imóvel nunca teve registro passado para o nome de Wilians.
Segundo a Polícia Federal, causou “estranheza” o fato de “Nelson Wilians demonstrar tanto interesse em justificar previamente suas transações financeiras com Maurício Camisotti, especialmente diante da ampla divulgação do tema pelo jornal Metrópoles desde 2024, reforça a hipótese criminal do apuratório ao indicar que ele se considerava alvo da operação ao ponto de determinar a ocultação de parte de seu patrimônio.”
A PF ainda afirmou que “as justificativas apresentadas variam entre alegadas operações imobiliárias – inexistentes nos bancos de dados oficiais – e supostos honorários adiantados, os quais não foram identificados nas contas pessoais ou empresarias de ambos” completou.