O número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, computados na semana que se encerra em 17 de julho, aumentou em 51 mil, inicialmente. Com ajuste sazonal ele cai para 419 mil, de acordo com o relatório do Departamento de Trabalho divulgado na quinta-feira (22).
Apesar do aumento inesperado, o resultado não sugere uma mudança material nas condições de mercado de trabalho, considerando que em julho é esperado outro mês de forte crescimento do emprego. A previsão de economistas era para 350 mil novos pedidos.
A elevação reflete a dificuldade em suavizar os dados para flutuações sazonais, em decorrência da pandemia da Covid-19. Em anos que não são atípicos, espera-se que as dispensas reduzam na segunda quinzena de julho.
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“Os fatores de ajuste sazonal tentam compensar isso”, afirma Lou Crandall, economista-chefe da Wringhtson ICAP à Reuters. “Mas não está claro se a dinâmica sazonal seguirá o padrão normal”.
Um ponto que também deve ser considerado é a última onda de infecções por conta da variante Delta da Covid-19, que é altamente contagiosa. Apesar disso, economistas não esperam um fechamento de empresas em larga escala. Mas vale lembrar que na “onda” anterior a esta, o país passou por dois meses de recessão.
Para acalmar o mercado, Brad McMillan, diretor de investimentos da Commonwealth Financial Network, afirmou que o país pode conviver com os níveis atuais de infecções. “As infecções, desta vez, não devem levar a mudanças de política (monetária) economicamente prejudiciais”.
