Os bancos centrais de mercados desenvolvidos iniciaram um movimento para normalizar as políticas na retirada dos estímulos monetários adotados durante a pandemia do novo coronavírus, adotando um caráter conservador, resultando na retomada da alta dos juros globais, com destaque para os de longo prazo.
Segundo o Valor Econômico, o retorno do Tesouro dos Estados Unidos de dez anos terminou a semana passada em 1,454%, o maior nível em poucos meses. Papéis da Alemanha e do Reino Unido também demonstraram movimentos expressivos.
Os especialistas do Goldman Sachs Praveen Korapaty e Avisha Thakkar estimam que os mercados podem pressionar o início das altas de juros para 2022 caso a inflação continue mais resistente do que o previsto. Para os analistas, os mercados devem seguir em um padrão de precificar uma normalização antecipada dos juros, entretanto, proporcionando taxas terminais mais baixas.
Os estrategistas de juros globais do J.P. Morgan avaliam que, o Banco Central Europeu (BCE) mesmo sendo uma exceção no mantimento a abordagem de juros cautelosa, países da zona do euro mostraram uma forte abertura na semana passada. Os economistas também ressaltam que a postura dos bancos centrais globais é altamente “acomodatícia” e observam que a taxa de juros global está em 1,35%, 0,10 ponto percentual abaixo da média de 2019. Porém, os especialistas reconhecem que as projeções estão aumentando em direção a normalização da política monetária.