O avanço do mercado de geração de energias alternativas nos últimos anos turbinou as importações de placas solares no Brasil. O investimento quadruplicou desde 2016, para US$ 1 bilhão em negociações por ano, segundo estudo do Etene, escritório de estudos econômicos vinculado ao Banco do Nordeste.
Em 2012, quando o setor começou a ser incentivado no país, a entrada dos equipamentos girava em torno de R$ 3 milhões, diz o estudo, que usou dados do Ministério da Economia para o levantamento.?
Quase a totalidade das placas vem da China e chega, principalmente, pelos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Itajaí (SC) e Paranaguá (PR). A região Nordeste é responsável pela maior parte da energia solar gerada no Brasil.
O Etene diz que a crise hídrica, que eleva a tarifa de energia elétrica, deve fazer o volume de negócios crescer ainda mais, e defende a consolidação de um parque industrial de produtos fotovoltaicos no país para diminuir as importações.
Um projeto de lei que incentiva a geração de energia solar já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em agosto e aguarda votação do Senado.
O chamado marco regulatório da minigeração e microgeração distribuída no Brasil, entre outros itens, mantém até 2045 os benefícios na tarifa de quem já produz energia renovável ou vai instalar até um ano depois da publicação da lei.